Os alvos da Operação Backdoor, deflagrada nesta sexta-feira (14/11), são Leonardo Alves de Oliveira Junior, Rafael Rocha de Oliveira, Leonardo de Morais e Jefferson da Cunha Costa. O grupo é investigado por integrar uma quadrilha especializada em fraudes no sistema do Detran-DF e na revenda ilegal de veículos.
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Leonardo Alves de Oliveira Junior
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Rafael Rocha de Oliveira
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Leonardo de Morais
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BMW apreendida
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Porsche apreendida
Reprodução / PCDF
A ação policial conduzida por policiais civis da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) cumpriram mandados de prisão preventiva contra três integrantes da organização criminosa nas seguintes localidades: Planaltina (DF), Vicente Pires (DF), Jardim Botânico (DF), Planaltina (GO) e Formosa (GO).
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As diligências também resultaram na apreensão de cinco veículos – entre os quais, duas BMW e um Porsche –, de bolsas de luxo e outros itens de alto valor utilizados como forma de lavagem de dinheiro proveniente das fraudes.
Operação Backdoor:
- As investigações apontaram que o líder do grupo utilizava credenciais de servidores do Detran-DF de forma fraudulenta.
- Ele acessava o sistema do órgão por meio da plataforma Gov.br, geralmente após o expediente, o que permitia retirar multas e efetuar transferências irregulares.
- O criminoso também realizava alterações administrativas sem que os servidores legítimos percebessem. Até o momento, foram identificadas fraudes envolvendo pelo menos 15 servidores públicos.
As investigações também apontam que o grupo reinseria os lucros ilícitos na economia formal por meio da prática de agiotagem.
O grupo atuava de maneira estruturada e hierarquizada: um dos membros alugava veículos de terceiros e de locadoras, repassando-os a três vendedores, responsáveis por revendê-los a terceiros de boa-fé, após transferências concluídas ilicitamente no sistema do Detran-DF.
Posicionamento
Em nota, o Detran-DF afirma que “os fatos investigados dizem respeito ao uso indevido e fraudulento de credenciais individuais de servidores, acessadas de forma criminosa por terceiros, à revelia dos titulares e sem qualquer participação institucional”.
“Ressalte-se que a área de Segurança e Inteligência da autarquia, ao identificar indícios de irregularidades, comunicou a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), apresentado os relatórios e registros técnicos que deram início às apurações”, disse.
A autarquia acrescentou que “mantém protocolos avançados de segurança, com monitoramento contínuo, trilhas de auditoria detalhadas e rastreabilidade completa dos acessos. Esses mecanismos permitiram identificar padrões anômalos, inconsistências e acessos suspeitos que têm subsidiado as autoridades policiais na investigação”.
A coluna Na Mira entrou em contato com a defesa dos investigados e aguarda retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.