A identificação da XEC, uma nova linhagem do coronavírus, em três estados brasileiros nos lembra que o vírus causador da Covid-19 continua a circular e infectar a população. Até o momento, foram notificados casos no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Antes de chegar ao Brasil, a XEC havia sido encontrada em pelo menos 35 países da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania.
A vacinação continua a ser a melhor estratégia de prevenção contra casos graves e morte por Covid-19. Mas, para se manter protegido, não basta ter tomado apenas as doses oferecidas no início da pandemia. É importante tomar os reforços mais atualizados.
O vírus Sars-CoV-2 passou por inúmeras mutações desde que foi identificado pela primeira vez, em 2019. As atualizações das vacinas foram necessárias para manter altos níveis de proteção contra a ocorrência de casos graves e mortes.
“É importante estar com a vacinação em dia porque pacientes não vacinados, quando comparados com aqueles que tomaram imunizantes bivalentes ou monovalentes da cepa circulante, têm mais risco de óbito ao se infectar com o vírus. Portanto, vacinar reduz de maneira significativa o risco de óbito”, afirma o infectologista André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica.
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Uma das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19 é a vigilância epidemiológica, com o registro e a observação sistemática de casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da realização de testes
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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população
Aline Massuca/Metrópoles
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Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF
Breno Esaki/Agência Saúde-DF
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RT PCR: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Teste salivar por RT-PCR: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas
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PCR Lamp ou Teste de antígeno: comumente encontrado em farmácias, o exame avalia a presença do vírus ativo coletando a secreção do nariz por meio de swab. O resultado leva apenas 30 minutos para ficar pronto, por isso, ele é indicado para situações em que o diagnóstico precisa ser rápido
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De acordo com a empresa que fornece o exame, ele possui 80% de confiança. O método empregado no teste é usado também para outras doenças infecciosas, como a H1N1
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Teste de sorologia: revela se o paciente teve contato com o coronavírus no passado. Ele detecta a presença de anticorpos IgM, IGg ou IgA separadamente, criados pelo organismo das pessoas infectadas para combater o Sars-CoV-2, a partir de um exame de coleta de sangue
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O exame deve ser realizado a partir do 10º dia de sintomas. A precisão do resultado é menor do que nos testes do tipo RT-PCR. Além disso, falsos negativos podem aparecer com mais frequência
National Cancer Institute/Divulgação
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Teste rápido: o método é semelhante aos testes de controle de diabetes, com um furo no dedo. A amostra de sangue é colocada em um reagente que apresenta o resultado rapidamente
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O teste imunológico rápido detecta a presença de anticorpos e o resultado positivo sinaliza que o paciente já sofreu a infecção pelo novo coronavírus. A confiabilidade do resultado varia muito, já que o método apresenta alta taxa de falso negativo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Teste de anticorpos totais: detecta a produção do IgM e IgG no organismo, a partir de um único exame de coleta de sangue, e não faz a distinção dos valores presentes de cada anticorpo. A precisão do resultado chega a 95%
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Teste de anticorpo neutralizante: o procedimento é indicado para a avaliação imunológica. O exame detecta os anticorpos e vê a proporção que bloqueia a ligação do vírus com o receptor da células
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Como saber se a vacinação está em dia?
Se você já se esqueceu quantas e quais doses tomou, é possível verificar no aplicativo do ConectSUS todas as vacinas contra Covid-19 que foram administradas por pessoa.
Para a maioria da população, não é preciso atualizar o calendário vacinal desde o imunizante bivalente. As pessoas saudáveis que receberam as duas vacinas no início da pandemia e tomaram pelo menos um reforço de imunizante desenvolvido contra a Ômicron são consideradas protegidas e, por isso, não foram incluídas na vacinação com a monovalente XBB.
Alguns grupos específicos devem ficar atentos às doses de reforço. Confira a orientação de acordo com cada perfil:
Grupos prioritários
Pessoas dos grupos prioritários — como trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas, pessoas com deficiências permanentes, indígenas ribeirinhos e quilombolas — precisam ter pelo menos uma dose de reforço com o imunizante mais atualizado. No Brasil, a vacina monovalente XBB é a mais moderna disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Se você é do grupo prioritário, precisa ter pelo menos uma dose da vacina mais atualizada, independente do que tomou nos últimos anos. O coronavírus é um vírus que muda muito rápido. Por isso, é mais importante saber qual e quando foi sua última dose do que quantas você já tomou na vida”, esclarece a infectologista Rosana Richtmann, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Idosos e imunossuprimidos
A população com 60 anos ou mais e todas as pessoas com doenças imunossupressoras devem repetir o reforço a cada seis meses, também com a vacina mais atualizada disponível. “É importante revacinar a população mais velha e de imunossuprimidos a cada seis meses para manter níveis altos de anticorpos e melhorar a proteção”, esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo.
Crianças
Crianças a partir de 6 meses de idade até menores de 5 anos devem tomar a vacina no calendário de rotina. As que completaram o esquema de vacinação com três doses oferecidas antes da XBB podem receber uma dose dela com o intervalo mínimo de três meses da última dose recebida.
População geral
Qualquer pessoa com 5 anos ou mais que não faz parte dos grupos prioritários e nunca se vacinou deve tomar pelo menos uma dose da vacina monovalente XBB para ter proteção.
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