Após a divulgação da prisão Rafael Carias de Oliveira, 43 anos, acusado de estuprar pelo menos quatro crianças no Distrito Federal, a mãe de outras duas crianças procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para denunciar que também foram abordadas pelo suspeito. Desta vez, os meninos têm 8 e 15 anos. A mãe identificou o modo de agir de Rafael, que abordou os garotos em uma parada de ônibus de Planaltina.
Segundo as investigações conduzidas pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Rafael dava balas, chocolates e pirulitos para ganhar a confiança e atrair as vítimas. O criminoso sexual costumava dirigir um Corsa vermelho no momento em que abordava as vítimas, enquanto elas caminhavam sozinhas pelas ruas.
A nova denúncia, feita pela mãe das vítimas, trata de um ocorrido em abril deste ano. Segundo ela, os dois filhos estavam em uma parada de ônibus em Planaltina, próximo ao condomínio onde moram, aguardando o coletivo para ir à escola.
Rafael teria passado pelos dois, entrado no condomínio e, depois de um tempo, deixado o local. Veja imagens da câmera de segurança do residencial:
Abordagem
Após sair do condomínio, Rafael se aproxima das duas crianças no Corsa. Ele estaciona e começa a pedir que os dois entrem no carro, dizendo que ele lhes daria carona.
Segundo o relato da mãe, os meninos recusaram a carona, mas Rafael insistiu. Ele chegou a abrir a porta do carro para que os menores entrassem. Porém, as crianças continuaram negando, até que o ônibus escolar chegou e os dois seguiram em segurança para a escola.
No fim do dia, os meninas relataram o ocorrido para a mãe. Ela, preocupada, procurou a portaria do condomínio e pediu para ver as imagens da câmera de segurança do dia e identificou o suspeito e o carro. Ela afirma que, na época, não procurou a polícia, mas, ao ver as reportagens com o nome e o carro de Rafael, lembrou-se do ocorrido e decidiu relatar.
Prisão
Rafael foi preso esta semana. Durante interrogatório na delegacia, Rafael confessou o crime contra o garoto de 12 anos, bem como o abuso praticado contra uma criança, de 8, ocorrido em 2001.
“Ele é apontado como suspeito de outros três ataques sexuais contra de menores de 14 anos, nos anos de 2001, 2002 e 2015. Nós solicitamos a divulgação de sua imagem atual e também de uma fotografia mais antiga para que outras possíveis vítimas procurem a delegacia e registrem os fatos”, explicou o delegado-chefe Hudson Maldonado.
Em sua defesa, o criminoso alegou ter sido “abusado” na infância, e que ao cometer tais atos proporciona a oportunidade de “externar” sua “revolta”. “Ele não soube precisar detalhes de tais abusos”, finalizou o delegado.
