O Distrito Federal está enfrentando o segundo maior período de estiagem já registrado, com 153 dias consecutivos sem chuvas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este número está próximo do recorde de 1963, quando a região passou por 163 dias sem precipitação. Nesta segunda-feira (23/9), a temperatura mínima registrada foi de 17ºC, podendo alcançar 33ºC durante a tarde. A umidade relativa do ar, que pela manhã estava em torno de 60%, poderá cair para menos de 15%, levando à emissão de um alerta laranja por conta do risco de desidratação e problemas respiratórios.
Embora a seca tenha sido severa, o meteorologista Heráclio Alves, do Inmet, afirmou que há possibilidade de chuvas esporádicas até o final de setembro, com um retorno mais consistente das precipitações previsto para outubro. “Ainda estamos em um cenário de seca, mas em breve começaremos a observar mudanças no clima, com aumento da umidade e possibilidade de precipitações isoladas”, disse.
**Riscos à Saúde e ao Meio Ambiente**
A baixa umidade do ar e o calor intenso são fatores preocupantes para a saúde e o meio ambiente. Heráclio Alves alertou que é essencial que a população tome precauções, como manter a hidratação, evitar exercícios físicos entre 10h e 16h, quando o calor e a baixa umidade atingem os picos, e procurar se proteger do sol.
Para minimizar os efeitos da seca e do clima seco, especialistas recomendam manter boa hidratação, usar soro fisiológico para umedecer narinas e olhos, utilizar umidificadores ou soluções caseiras como baldes de água para aumentar a umidade em ambientes fechados, e optar por refeições leves. Além disso, é crucial redobrar a atenção ao manuseio de fogo para evitar incêndios, que são mais frequentes nesse período de estiagem severa.
As autoridades seguem monitorando as condições climáticas, com a esperança de que a chuva volte em breve e alivie os efeitos da seca prolongada na região.
