Uma servidora pública federal de 38 anos caiu em golpe aplicado por um casal que alugou a casa dela e furtou todos os móveis. Ao Metrópoles a vítima contou que, em 2024, precisou se mudar para Portugal e deixou o imóvel aos cuidados do vizinho, que, a pedido dela, colocou a residência, no Jardim Botânico (DF), para locação.
Em dezembro do ano passado, um casal descrito como “bem educado, bem vestido e que andava em carro de luxo” se interessou pela casa e assinou contrato de locação.
Porém, pouco tempo depois, o casal começou a fazer “estranhas exigências”, como reclamar do aquecimento da piscina, do funcionamento da energia solar e de não ter um ponto para recarregar veículo elétrico.
O primeiro mês de aluguel foi pago com atraso, e o segundo e o terceiro, a caução precisou ser usada. Quando acabou a garantia, o corretor informou que eles não estavam pagando e que tentou negociar inúmeras vezes. Mas os inquilinos diziam que não iam pagar por haver problemas na casa.
A servidora, que prefere não se identificar, diz que começou a pesquisar sobre o casal e descobriu que o homem tinha pelo menos 10 registros na Polícia Civil, entre eles apropriações indébitas, ameaças, estelionatos, entre outros casos.
Prejuízo
Tentando não ficar no prejuízo, a servidora registrou boletim de ocorrência e ingressou com processo judicial. A ação de despejo começou em maio deste ano.
De acordo com ela, o prejuízo estimado foi de R$ 200 mil, pois os ex-inquilinos deixaram a casa completamente vazia, e o que não conseguiram levar, eles danificaram. Micro-ondas; ar-condicionado; chuveiro e hidromassagem sofreram perda total. Além disso, colocaram pregos nas paredes para cobrir as janelas da frente.
A vítima conta que “a situação atrapalhou estudos, obrigações e a rotina da família”. Revelou ainda que teve de abandonar o doutorado que cursava em Portugal para voltar ao Brasil e resolver o problema.
Além disso, ela e o marido estão fazendo acompanhamento psiquiátrico, psicológico e usando medicação para ansiedade a fim de conseguir dormir, situação que afetou até a filha de 14 anos, que começou a se sentir ansiosa também.
“A situação gerou um misto de frustração com sensação de impotência. A orientação que dou é sempre checar os nomes dos inquilinos, pegando aluguéis adiantados e garantias por meio de fiadores, pois estelionatários são muito dissimulados.”