Cerca de 200 mil túmulos dos 560 mil que existem em todo o Distrito Federal estão abandonados.
De acordo com a Campo da Esperança, responsável pela gestão, manutenção e administração de seis cemitérios públicos, os motivos de abandono são variados, e a maioria das lápides não tem contrato de manutenção individual.
O Metrópoles foi até o cemitério da Asa Sul averiguar e registrar os espaços que mais estavam deteriorados.
Logo de cara já foi possível ver diversas sepulturas bastante destruídas, com lodo, cruzes quebradas, buracos, sem a tampa, e tomados por plantas e grama.
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O Metrópoles foi até o cemitério da Asa Sul averiguar e registrar os espaços que mais estavam deteriorados
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Segundo a Campo da Esperança, os funcionários do cemitério fazem rondas diariamente para previnir possíveis acidentes
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Cerca de 200 mil túmulos dos 560 mil que existem em todo o Distrito Federal estão abandonados
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De acordo com a Campo da Esperança, responsável pela gestão, manutenção e administração de seis cemitérios públicos
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Segundo a Campo da Esperança, os funcionários do cemitério fazem rondas diariamente para previnir possíveis acidentes
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A empresa explicou que por serem consideradas propriedades privadas, a concessionária não tem permissão para realizar a manutenção gratuita desses jazigos
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Cerca de 200 mil túmulos dos 560 mil que existem em todo o Distrito Federal estão abandonados
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A empresa explicou que por serem consideradas propriedades privadas, a concessionária não tem permissão para realizar a manutenção gratuita desses jazigos
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Cerca de 200 mil túmulos dos 560 mil que existem em todo o Distrito Federal estão abandonados
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A empresa explicou que por serem consideradas propriedades privadas, a concessionária não tem permissão para realizar a manutenção gratuita desses jazigos
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A empresa explica que, por serem considerados propriedades privadas, os jazigos não podem passar pela manutenção gratuita feita pela concessionária – salvo quando há risco de acidente.
Segundo a Campo da Esperança, os funcionários do cemitério fazem rondas diárias para previnir possíveis acidentes.
A Campo da Esperança pretende, junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), criar um contrato que viabilize o recadastramento das sepulturas, a realocação dos restos mortais abandonados no ossuário de cada unidade e a revitalização das áreas.
De acordo com a empresa, novos modelos de túmulos, adotados em 2002 após a concessão pública, chamados de “cemitério-parque”, oferecem um monumento mais simples, contendo a lápide feita de mármore branco com a identificação da pessoa, além da grama.
Esses modelos são mais fáceis de cuidar, e a manutenção é feita de forma contínua. “Vale destacar que o serviço de manutenção individual é opcional e que cerca de 80% das propriedades não têm contrato vigente com a empresa”, diz a empresa.
Guerra com jardineiros
Uma briga na Justiça se arrasta há mais de duas décadas entre a Campo da Esperança e a Organização Social de Jardineiros de Cemitérios do DF (Osjacem), da qual fazem parte jardineiros autônomos que cuidavam dos jazigo dos cemitérios do DF desde 1985.
Até a Campo de Esperança assumir a gestão dos cemitérios, o cidadão que não tinha condições de cuidar do túmulo do parente falecido com frequência, ou que até mesmo quem não quisesse ter esse trabalho, buscava um jardineiro autônomo para cuidar do jazigo. O acordo era informal, direto entre familiar e o profissional.
Quando a Campo da Esperança Serviços fechou contrato com o Governo do Distrito Federal (GDF) em 2002 para cuidar dos cemitérios da capital, iniciou-se uma negociação entre a concessionária e os autônomos, mas não houve consenso até hoje.
Nos últimos 22 anos, as partes travaram embates judiciais, discussões na mídia e acusações mútuas. Em julho de 2024, a 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que os jardineiros da Osjacem não podem realizar serviços de jardinagem nos cemitérios.
Mesmo assim ainda é possível encontrar esses funcionários trabalhando livremente nos cemitérios, pois há quem prefira os serviços prestados pelos jardineiros autônomos.
Troca de acusações
Além da guerra judicial, os dois lados também se acusam rotineiramente. A Organização de Jardineiros conta que a manutenção ofertada pela Campo da Esperança é “precária e insatisfatória”, e que a empresa possui poucos funcionários.
“As pessoas nos contratam pela insatisfação do serviço precário da concessionária. Eles têm cerca de 20 jardineiros para os seis cemitérios do DF”, acusa.
A organização explicou que os 350 jardineiros autônomos amparados pela Osjacem se dividem entre cinco dos seis cemitérios do DF. “Somos, em média, 200 funcionários na Asa Sul; 40 em Taguatinga; 40 no Gama; 20 em Planaltina e 20 em Sobradinho”, calcula.
Em resposta, a empresa diz que além dos jardineiros não aceitarem o acordo de contratação, ainda atrapalham os serviços de manutenção propositalmente.
“Como não são fiscalizados e não têm obrigação com o Estado, esse grupo produz entulho e o deixa espalhado pelos campos, quebra tampas de jazigos de clientes deles com pagamentos atrasados, aborda visitantes de forma inapropriada, oferece produtos fora dos padrões estabelecidos por lei, dentre outras irregularidades”, afirma a empresa.