O agente socioeducativo Diogo de Assis Ferreira, 41 anos, disse à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que efetuou “sete ou oito disparos” durante uma confusão na madrugada desta segunda-feira (21/8), na QNA 33, em Taguatinga Norte. Um dos tiros atingiu a barriga de uma menina de 10 anos, filha de um policial militar.
Ele foi detido e entregou a arma, uma bereta de uso funcional de propriedade da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), assim como três balas intactas, à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), que investiga o caso. Nesta tarde, ele teve liberdade provisória concedida.
Na delegacia, Diogo contou que, após acordar com latidos dos cachorros, por volta das 3h, foi à janela ver o motivo do barulho e viu um homem mexendo em um trailer na sua propriedade. Ele teria perguntado o que a pessoa estava fazendo ali, mas não obteve resposta.
Ele buscou a arma e disse que tentou contato com o homem outra vez. O “invasor” teria corrido para dentro de um veículo, estacionado a cerca de 5 metros do portão.
Diogo contou que disparou três vezes contra o pneu do carro e que também notou outro veículo saindo acelerado do local.
O agente socioeducativo contou ainda que ouviu estampidos parecidos com tiros saindo dos veículos, e disparou outras quatro ou cinco vezes contra os carros. Diogo afirma que não conseguiu ver se havia outras pessoas nos automóveis.
PM fugiu após ouvir tiros
O policial militar pai da menina baleada também contou sua versão à Polícia Civil. Ele disse que chegava à QNA 33, onde deixaria o carro com a cunhada, e, ao sair do veículo, ouviu alguns disparos.
O sargento percebeu que alguém havia saído gritando de uma casa na quadra. Ele entrou no carro e saiu da rua.
Enquanto o militar se afastava, a filha dele se queixou de dor na barriga. O PM percebeu que a criança sangrava e a levou ao Pronto-Socorro do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
Após exames, os médicos descobriram que a criança estava com a bala alojada na coxa. Ela precisou passar por cirurgia, e seu quadro clínico é estável, segundo a PMDF. O agente socioeducativo foi detido e autuado por tentativa de homicídio. Após entregar as armas, foi liberado.
Diogo afirma que possui porte de arma de fogo mediante autorização da Polícia Federal (PF).
O Metrópoles entrou em contato com a Seape e aguarda retorno.