O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Nilton Imaculado Ribeiro por tentativa de feminicídio e outros crimes no Riacho Fundo (DF). Acusado já cumpria pena por duas tentativas de feminicídio, contra ex-mulher e uma filha e voltou a atacar. Espancou a atual companheira em uma saída temporária, um saidão.
A 1ª Promotoria de Justiça Criminal do Tribunal do Júri e de Delitos de Trânsito do Riacho Fundo, ofereceu denúncia contra Nilton pelos crimes de tentativa de feminicídio, roubo, extorsão, ameaça e divulgação não consentida de cenas de nudez e sexo, na segunda-feira (10/11).
Leia também
-
Estuprador é encontrado com calcinha e bolsa de mulher no Entorno
-
Distrito Federal registra em média 13 acidentes com escorpião por dia
Segundo a denúncia, no último dia 26 de outubro, o acusado agrediu brutalmente a companheira ao longo de um trajeto desde a Rodoviária do Plano Piloto até o Riacho Fundo II, dentro de um veículo, com socos e chutes direcionados ao rosto, crânio e tronco da vítima. O crime teria sido cometido por ciúmes.
No trajeto, com violência, também obrigou a namorada a entregar o celular, além de fornecer as senhas de acesso. Após o crime, utilizou o celular para divulgar imagens íntimas armazenadas no aparelho nas redes sociais da mulher e ameaçou de morte a vítima, a sua filha e o seu genro, caso o denunciassem à Polícia.
Durante as diligências, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobriu que o homem estava em liberdade temporária (“saídão”) e cumpria pena no CPP. Após retornar à unidade prisional, foi detido e autuado em flagrante. O veículo usado no crime e o celular da vítima foram apreendidos.
O MPDFT solicitou a manutenção da prisão preventiva, ressaltando a extrema gravidade dos fatos e o risco concreto de reincidência do crime. No documento encaminhado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), destacou que a liberdade do acusado comprometeria a segurança da vítima e a credibilidade da Justiça.
Saidão
No momento dos novos crimes, Nilton Imaculado Ribeiro cumpria pena em regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em razão de condenação anterior por duas tentativas de feminicídio cometidas em 2019, na Ceilândia, uma mulher e sua filha.
Pelos crimes anteriores, havia sido inicialmente condenado a 31 anos de prisão, pena posteriormente reduzida pelo TJDFT para 12 anos. Durante a saída temporária, Nilton voltou a atacar uma outra mulher, repetindo o padrão de violência observado nos casos anteriores.
Do ponto de vista do MPDFT, o caso impõe reflexão urgente sobre os critérios de progressão de regime e concessão de benefícios na execução penal, diante da reincidência e do risco social apresentado pelo acusado, apontado como agressor de duas mulheres e de uma filha.
