Se tudo der errado (e está dando) o fim do mundo será embalado em camadas e camadas de plástico, cujo uso não dá nenhum sinal de desaceleração, apesar de alertas e campanhas de conscientização. A produção global de plásticos dobrou entre 2000 e 2019, atingindo 460 milhões de toneladas e há projeções de que deve dobrar ou triplicar até 2050. A maior parte do que é produzida acaba sendo rapidamente descartada e vai parar em aterros e oceanos, sem falar do nosso próprio organismo.
Uma reunião da ONU no início deste mês, que tinha como objetivo tentar adotar um tratado para o combate à poluição plástica, falhou miseravelmente. Os países produtores – os mesmos que são também os líderes em petróleo –, não querem de jeito nenhum que haja algum controle sobre a produção. E insistem que tudo se resolve com o descarte adequado.
Mas será que só reciclagem resolve o problema ou isso está só empurrando a tarefa para as pessoas, enquanto empresas nada fazem para nos tirar deste mar plastificado?
No último episódio desta temporada, o Bom Dia, Fim do Mundo discute que estratégias podem realmente funcionar para este problema.
Assista ao videocast abaixo!
Confira aqui um material complementar do episódio #41 – As flores de microplásticos não morrem com links de pesquisas e publicações citadas no programa:
- Reportagem de Ana Carolina Amaral sobre a mudança de posição do Brasil em relação ao tratado de combate à poluição por plásticos;
- Reportagem de Isabel Seta sobre as disputas em torno do tratado global sobre plásticos;
- Página do comitê negociador da ONU sobre poluição plástica;
- Reportagem sobre a pesquisa que encontrou plásticos em placentas e cordões umbilicais;
- Reportagem sobre estudos sobre presença de plástico no cérebro
O Bom Dia, Fim do Mundo voltará com episódios inéditos no dia 09 de outubro, não perca!