Após executarem a tiros o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), Ruy Ferraz Fontes, na noite dessa segunda-feira (15/9), criminosos fugiram e deixaram para trás carregadores de fuzil. O material pode ajudar a polícia a identificar os atiradores. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
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O crime aconteceu em Praia Grande, no litoral paulista, região marcada pelo enfrentamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC) — facção que considerava Ruy um de seus maiores inimigos.
Imagens:
Carregadores largados pelos criminosos
Imagem cedida ao Metrópoles2 de 6
Outra imagem
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Carro
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Veja novo ângulo de atentado contra ex-delegado-geral de SP
Divulgação/ Polícia Civil5 de 6
Delegado Ruy Ferraz Fontes
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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo
Divulgação/Alesp
A execução do delegado
Câmeras de segurança registraram o momento em que Ruy Ferraz foge dos criminosos que o perseguiam em alta velocidade, quando bate em um ônibus e capota. Os atiradores estão em um SUV Toyota Hilux SW4 preto, descem do veículo e abrem fogo contra o delegado.
Veja o vídeo:
Duas pessoas que estavam próximas ao local também foram feridas. Segundo a Prefeitura de Praia Grande, um homem e uma mulher foram atendidos pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Praia Grande e encaminhados para a UPA Quietude.
Os dois não correm risco de morte e foram transferidos para o Hospital Municipal Irmã Dulce. A mulher deve ser liberada ainda nesta terça. Já o homem, segue na unidade para sequência dos atendimentos.
Vídeo:
Carro incendiado
O carro usado pelos criminosos que executaram o ex-delegado foi encontrado pelas autoridades incendiado, na noite dessa segunda-feira (15/9), pouco tempo depois da confirmação do assassinato do agente.
As autoridades também investigam a possível utilização de outro veículo no assassinato do ex-delegado.
Investigação x PCC
Após iniciar a carreira na polícia, no interior paulista, o delegado Ruy Ferraz Fontes atuou no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e Departamento de Narcóticos (Denarc), até chegar à 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) — e passou a investigar as atividades do PCC.
Por isso, a cúpula da Segurança Pública de SP (SSP) trata o crime como vingança. “Isso aí certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção”, disse o secretário-executivo da pasta, Osvaldo Nico Gonçalves, ao Metrópoles.