A técnica de enfermagem Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos contratada por Michele Paiva da Silva, 42 anos, para matar o pai dela com uma feijoada envenenada, confessou à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) ter assassinado outras três pessoas.
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Imagens das vítimas de Ana Paula:
Marcelo Hari Fonseca, morto em janeiro deste ano
Reprodução / Redes sociais2 de 6
Maria Aparecida Rodrigues, morta em abril deste ano
Reprodução / Redes sociais3 de 6
Neil Corrêa da Silva, morto em abril deste ano
Imagem cedida ao Metrópoles4 de 6
Hayder Mhazres, morto em maio deste ano
Reprodução / Redes sociais5 de 6
Michele Paiva da Silva de 42 anos
Imagem cedida ao Metrópoles6 de 6
Ana Paula Veloso
Reprodução / Redes sociais
Segundo as investigações, ela é apontada como responsável por ao menos quatro mortes, incluindo a do dono da casa onde morava, de um policial militar com quem teve um relacionamento, do pai de uma amiga no Rio de Janeiro e de um homem tunisiano.
De acordo com a polícia, Ana Paula usava veneno nas refeições e sobremesas para matar as vítimas e, em alguns casos, tentava culpar outras pessoas pelos crimes.
Em depoimento, Ana Paula confessou sobre um caso agressivo: “Ajudei uma amiga a matar o pai. Discuti com ele e pedi para as crianças irem para o quarto. Ele foi na frente e sentou no sofá; então eu me aproximei e desferi uma facada na axila”.
Veja o depoimento de Ana Paula:
Ana Paula e Michele foram presas nessa terça-feira (7/10) na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. A filha de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, que cursa direito, foi capturada na porta da faculdade, no Engenho Novo, Zona Norte da capital. Ele foi morto em abril deste ano.
Apesar de o laudo de óbito de Neil apontar insuficiência respiratória aguda, cetoacidose diabética, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva, o corpo será exumado nessa quinta-feira (9/10) para confirmar a suspeita de envenenamento.
Executora do crime foi classificada como “psicopata”
O delegado Halisson Ideiao, responsável pelo caso, classificou Ana Paula como “psicopata”. Segundo ele, a mulher confessou ter envenenado dez cachorros com chumbinho para testar os efeitos do veneno antes de aplicá-lo na vítima.
Durante as investigações, os agentes encontraram terbufós, um agrotóxico similar ao chumbinho, na casa da suspeita. Halisson afirmou que Ana Paula usou seus conhecimentos na área da saúde para calcular a dosagem e o tempo de ação da substância.