Câncer de pâncreas: entenda a condição do apresentador Edu Guedes

Diagnosticado com câncer de pâncreas, o apresentador Edu Guedes passou por cirurgia de emergência neste sábado (5/7) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada de nódulos. Recentemente, o marido de Ana Hickmann passou mal devido a uma infecção decorrente de uma crise renal.

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O câncer de pâncreas é uma doença silenciosa e agressiva. Por ter indicativos muito parecidos com os de outras condições, a detecção da doença costuma demorar, permitindo que o quadro evolua para estágios mais graves.

“Apenas cerca de 15 a 20% dos pacientes têm a chance de realizar a cirurgia com intenção curativa logo no diagnóstico de câncer no pâncreas. Isso acontece porque os sintomas iniciais são muito inespecíficos — como dor abdominal, perda de peso, fadiga e náuseas — e não existem exames de rastreamento eficazes para detectar a doença precocemente na população geral”, explicou o oncologista Márcio Almeida, que atua em Brasília.

Câncer de pâncreas

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

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A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

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Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

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A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

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Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

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A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

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Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

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Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

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Esse tipo de câncer é considerado pelos especialistas uma das condições mais agressivas e desafiadoras enfrentadas pela medicina, justamente pela dificuldade de detecção. Por isso, a doença tem alta taxa de mortalidade.

“Na maioria dos casos, o câncer de pâncreas cresce para fora do órgão, o que torna a cirurgia de remoção um procedimento complexo”, destacou a oncologista Janyara Teixeira, da Rede D’Or, em Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Fatores de risco

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), grande parte dos casos de câncer de pâncreas relatados na medicina está ligado à predisposição genética. Geralmente, a doença ocorre quando o paciente apresenta outros problemas de saúde associados à doença, como a síndrome de Peutz-Jeghers, síndrome de pancreatite hereditária ou foi diagnosticado com câncer de mama ou ovário hereditário.

Apesar de a genética ser um dos principais fatores, hábitos negativos durante a vida podem aumentar o risco do aparecimento de câncer de pâncreas, que tem tendência em atingir pessoas com mais de 40 anos. Além do tabagismo e obesidade, doenças como diabetes e pancreatite crônica podem influenciar a chegada da doença.

“É importante se atentar aos sinais do corpo, buscar avaliação médica diante de sintomas persistentes e, principalmente, investir em pesquisa e inovação para que possamos oferecer mais diagnósticos precoces e, com isso, mais chances de cura”, detalhou Almeida.

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