O número de casos de estelionatos virtuais registrou aumento de 55% no Distrito Federal, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública deste ano.
A pesquisa mostra que as ocorrências do tipo na capital federal subiram de 10.049 casos em 2021 para 15.580, em 2022. No país, os registros somam mais de 200 mil casos no último ano, um aumento de 66,2% em relação a 2021.
A pesquisa foi realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgada no final de julho.
A aceleração do processo tecnológico do país e do mundo gerada pela pandemia da Covid-19 intensificou a digitalização de serviços essenciais à população, o que também resultou no aperfeiçoamento da modalidade criminal.
Ainda de acordo com os dados da pesquisa, o número de estelionatos no país mais que quadruplicou nos últimos cinco anos. Em 2022, foram registrados 1.819.409 casos do crime, 326% a mais que em 2018, quando ocorreram 426.799 registros.
“É essencial que as pessoas e as empresas aprendam a se proteger. Nós temos hoje quase um fim de assaltos a carro forte e bancos, sequestros e afins. Agora, os crimes são cometidos digitalmente e não necessariamente no estado e país que as pessoas estão”, disse Eduardo Nery, CEO e Sócio Fundador da Every Cybersecurity and GRC Solution.
“Então, é possível cometer um crime no Brasil, simulando que está na Bélgica, estando nos Estados Unidos. É quase impossível rastrear os passos dos criminosos digitais”, destaca.
Veja algumas dicas do especialista:
Vigie o seu mundo digital. Desconfie de tudo no meio digital. Sempre que for acessar um serviço digital, desconfie.
Utilize senhas mais elaboradas e com variações de letras, números e caracteres diferenciados. Fuja de nomes de filhos, datas de nascimentos e nomes de ídolos e times de futebol.
Altere suas senhas com frequência máxima de 30 dias.
Evite se conectar em redes de Wi-fi públicas, de restaurantes, hotéis e afins.
Mude a senha do seu roteador doméstico. Não é a senha do Wi-fi, e sim do roteador físico.
Não clique em links desconhecidos.
Atenção ao fornecer os seus dados a sites e apps, bem como, presencialmente.