Cavalo leva tiro, passa horas agonizando e precisa ser sacrificado

Um cavalo foi alvejado a tiros no município goiano de Cavalcante (GO), na Chapada dos Veadeiros, grande destino turístico dos brasilienses. O animal levou o tiro na noite de terça-feira (11/11) e, após horas de agonia, foi sacrificado na manhã de quarta-feira (12/11).

 

Segundo relatos, o cavalo havia sido solto após retornar de uma saída com o dono. Moradores da comunidade Engenho, em Santa Bárbara, onde ocorreu a agressão, relatam que muitos lotes no local não possuem cercamento, o que favorece a circulação de animais por terrenos vizinhos.

O cavalo levou um tiro na região da cabeça e, mesmo ferido, chegou a caminhar alguns metros até cair. Encontrado ainda vivo e agonizando com o tiro, foi sacrificado. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO) esteve no local, mas não confirmou qualquer participação no ato da eutanásia.

A Delegacia de Cavalcante, a Polícia Civil do Goiás (PCGO) investiga as circunstâncias e autoria do caso. O laudo veterinário, que confirmará a causa da morte do animal sairá em breve.

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O animal levou um tiro na noite de terça-feira (11/11), mas não morreu no momento

Material cedido ao Metrópoles2 de 2

Os responsáveis pelo animal registraram boletim de ocorrencia na delegacia de Cavalcante

Material cedido ao Metrópoles

Queixas sobre a motivação do ato

Moradores da comunidade afirmaram que o ataque seria uma suposta retaliação à presença de animais em terrenos vizinhos, já que muitos lotes não têm muros ou delimitação. Ainda segundo relatos, membros da associação local teriam comemorado o episódio, e há denúncias informais de que a entidade orienta os moradores a afastar os animais do entorno.

Foram citados casos de animais feridos, cegados, queimados ou com as pernas quebradas, o que, segundo os relatos, configuraria uma sequência sistemática de maus-tratos na comunidade.

O que diz a associação

Procurado pela reportagem, um representante da associação negou que exista qualquer incentivo a maus-tratos, e que não há controle sobre atos individuais de moradores. Ele também rebateu acusações de que a entidade estimula qualquer violência contra animais.

O homem reforçou que a associação atua para melhorar as condições locais: “O que a gente faz hoje é ajudar os pecuaristas. A associação providenciou um curral de qualidade, um piquete cercado, para que as pessoas possam cuidar dos seus animais”.

O espaço segue aberto para eventuais novas declarações sobre o caso.

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