Corpo de cabo morta segue no IML para identificação. Entenda por quê

O corpo da cabo Maria de Lourdes Freire Santos (foto em destaque), de 25 anos, que foi assassinada e carbonizada pelo soldado Kelvin Barros da Silva, 21, ainda permanece no Instituto de Medicina Legal (IML) para exames necroscópicos.

O feminicídio foi cometido no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), em Brasília. Em depoimento à Polícia Civil (PCDF), Barros confessou a autoria e disse que o crime ocorreu após uma discussão entre os dois.

Segundo o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Paulo Noritika, a liberação do cadáver ainda não ocorreu por causa de questões técnicas relacionadas à confirmação oficial do cadáver para a emissão do laudo.

Ele explica que o primeiro processo feito geralmente ocorre pelo exame papiloscópico, em que são recolhidas as impressões digitais da vítima. Contudo, no caso da cabo, não foi possível realizar esse exame.

“Ela [Maria] foi encontrada carbonizada sem os membros superiores e inferiores”, contou.

Em virtude disso, o IML precisa oficializar a identificação por meio da coleta de material biológico. Entretanto, para que isso ocorra, é preciso que parentes forneçam material para que seja feito exame de compatibilidade. De acordo com o delegado, os familiares da cabo fizeram isso nessa terça-feira (9/12).

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Ele acrescentou que a análise será feita agora, mas ressaltou que há uma pequena possibilidade de os materiais fornecidos não serem suficientes. Se isso ocorrer, mais material precisará ser coletado, ocasionando um tempo a mais para a liberação do corpo.

“Não há um prazo certo para a liberação do corpo dela, mas estamos buscando agilizar ao máximo esse processo”, completou.

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Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, era cabo do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG)

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Ela era musicista da Força e havia ingressado como cabo em junho deste ano

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Em uma mensagem do primo feita em homenagem a Maria, o primo destacou algumas palavras ao pensar na Lulu, como era carinhosamente chamada: “Luz, talento, sensibilidade, família, fé e sonhos”

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A cabo foi assassinada e carbonizada pelo soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos

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Sem culpa, soldado contou detalhes da morte de musicista do Exército e disse que os dois haviam um relacionamento. A família nega

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Em depoimento a PCDF, Kelvin apresentou cinco versões diferentes sobre a morte da cabo

Reprodução/Redes sociais

Avanço nas investigações

Um outro fator que pode acabar fazendo com que o corpo permaneça ainda mais um tempo no IML é a necessidade da realização de outros exames conforme testemunhas são escutadas durante a investigação.

Noritika citou que também que nessa terça (9), testemunhas que estavam no quartel e que eram próximas tanto de Maria quanto de Kelvin foram ouvidas e forneceram “muitas informações importantes”.

“Nós iremos agora buscar comprovar as informações que foram fornecidas para auxiliar na investigação”, afirmou. Além disso, o promotor do caso também pode requisitar outros exames.

Ainda segundo o delegado, mais pessoas serão ouvidas nesta quarta (10/12) e na quinta-feira (11/12).

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