A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou na manhã desta quarta-feira (21/2), em coletiva de imprensa, que a cabeça do vendedor Matheus Silva Cruz (foto em destaque), 23 anos, foi parcialmente esmagada após sofrer uma série de golpes violentos.
O jovem estava desaparecido desde o último domingo (18/2) e foi encontrado morto, com sinais de espancamento, na manhã de terça-feira (20/2). O corpo estava no Incra 9, em Ceilândia.
Segundo o delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Pedro Luís de Moraes, sete pessoas estão envolvidas na morte do vendedor. Quatro delas, são adolescentes.
Duas jovens atraíram a vítima para que os envolvidos praticassem o latrocínio – roubo seguido de morte.
“[Ele] caiu no golpe da atração pelas mulheres por meio do Instagram. Apuramos que ele tinha marcado encontro amoroso com as mulheres e assim foi atraído ao local”, comentou o investigador.
“Pela investigação o intuito era simplesmente roubar. Acreditamos que o espancaram por maldade”, acrescentou o delegado.
Ainda de acordo com as apurações, um dos menores apontou o local onde o corpo foi encontrado. “[O adolescente] disse na delegacia que, para ele, não ia dar em nada. Que ele ia ficar comendo pão com Nutella, por ser menor, e falou, ainda, que safado tinha que morrer.”
O delegado informou que, após o crime, os envolvidos levaram o celular, uniforme e demais pertences de Matheus. Eles também roubaram o som e a bateria do carro dele.
Segundo o delegado, os envolvidos na morte responderão por atos infracionais análogos a delitos de latrocínio, ocultação de cadáver, corrupção de menores e organização criminosa.
Informações apuradas pela coluna Na Mira revelaram que um grupo de pelo menos sete pessoas, sendo quatro adolescentes, foi detido na mesma data por suspeita de envolvimento com a morte de Matheus.
Matheus havia desaparecido por volta das 23h30 de domingo, após ser convidado para uma festa por uma suposta amiga.
Imagens de câmeras de segurança de uma distribuidora mostraram quando, ao chegar à QNO 19, em Ceilândia – próximo ao local do evento –, ele foi abordado pelo grupo e espancado.
O jovem trabalhava na empresa Rhino, em Vicente Pires, conhecida pela fabricação de coldres e acessórios para armas. Como Matheus nunca faltou ao serviço, o chefe dele estranhou quando o funcionário não apareceu na segunda-feira (19/2) e ligou para a família do jovem.
Na data, a mãe divulgou fotos do jovem e registrou boletim de ocorrência. “A família tinha estranhado, porque ele nunca foi de dormir fora sem avisar”, contou Ingrid Vieira, prima de Matheus. “Ele era um menino do bem, trabalhador, bom filho, bom irmão. Tinha toda vida pela frente. Não sabemos porque fizeram isso, mas queremos justiça.”