A criminalidade voltou a assustar moradores e visitantes na noite de sexta-feira (18), na Rodovia RJ-165, que liga Paraty (RJ) a Cunha (SP). Um motorista foi surpreendido por criminosos armados enquanto trafegava pela estrada estadual, em um trecho que é frequentemente utilizado por quem se desloca para o litoral sul fluminense. O carro da vítima foi levado pelos assaltantes, segundo relatos de testemunhas.
Conhecida por seu potencial turístico e histórico, a cidade de Paraty convive agora com um cenário de medo, principalmente à noite. A RJ-165, que corta uma área de proteção ambiental, não conta com iluminação pública e tampouco com patrulhamento policial durante a madrugada, fatores que, segundo moradores, facilitam a atuação de criminosos.
Populares relataram que uma pessoa teria sido baleada de raspão durante a ação criminosa e recebeu socorro com o auxílio de outras pessoas que passavam pelo local. Ainda segundo os relatos, em diversos trechos da rodovia não há sinal de celular, o que dificulta ainda mais a comunicação com as autoridades e favorece a fuga dos bandidos.
Essa não foi a primeira ocorrência do tipo na região. Trechos como o do calçamento da rodovia são apontados como recorrentes em casos de assaltos e emboscadas. A comunidade local tem cobrado medidas mais efetivas das autoridades estaduais e municipais. Uma das propostas seria a criação de um mapa de inteligência e a instalação de pontos de monitoramento e iluminação para prevenir crimes e garantir segurança aos motoristas e turistas.
Paraty, conhecida internacionalmente por seus festivais culturais, belezas naturais e patrimônio histórico, vive um contraste preocupante. “O que está acontecendo com a cidade nos últimos tempos?”, questiona um morador. “Por que a onda de violência tem se intensificado justamente num dos destinos mais procurados do Brasil? Por que as autoridades permanecem em silêncio diante de algo tão grave?”
Até o fechamento desta edição, não havia confirmação oficial sobre o estado de saúde da vítima atingida nem informações sobre o paradeiro dos suspeitos ou se outros bens foram levados.
A população espera respostas e ações urgentes. Afinal, não há turismo seguro sem segurança pública.