A diretora e o vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 120, de Samambaia, foram afastados por um período de 60 dias prazo para conclusão da investigação sobre suspeita de fraude em assinaturas de professores em atas de prestação de contas da escola.
O afastamento foi solicitado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), um dos órgãos que apura o caso das assinaturas falsificadas junto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A Regional de Ensino foi à escola e escolheu os novos gestores que ficarão à frente da administração do colégio durante o período da investigação.
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Segundo uma das funcionárias da escola, boa parte dos servidores que teve suas rubricas forjadas já foi ouvido pela Corregedoria. A SEDF ainda desconsiderou e anulou todas as atas que tiveram suspeita de alguma fraude. A denúncia foi mostrada pelo Metrópoles com exclusividade.
O que se espera agora
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação afirmou que o caso está sendo apurado por meio de processo sigiloso, em conformidade com a Instrução Normativa nº 02/2021 da Controladoria Geral do Distrito Federal (CGDF).
O caso:
- Professores do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 120, de Samambaia, denunciaram à Secretaria de Educação do DF que tiveram suas assinaturas falsificadas em atas de prestação de contas dos gastos empenhados na escola.
- De acordo com um servidor, que preferiu não se identificar, os valores recebidos pelo colégio supostamemte não estariam sendo usados para investimentos no bem-estar e melhoria do espaço de ensino e, para camuflar tal fato, as firmas teriam sido falsificadas.
- O colégio promoveu reuniões que, de acordo com a denúncia apurada pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e pela Corregedoria da pasta, nunca existiram. A intenção dos encontros fakes seria dar um ar de legalidade ao processo viciado.
- Ao descobrir que seus nomes eram usados indevidamente em documentos públicos, funcionários da escola levaram o caso à Polícia Civil do DF (PCDF) e ao MPDFT.
Os professores ainda alegaram que estavam de férias na época em que a suposta reunião foi feita, no dia 10 de janeiro de 2024.
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O Metrópoles entrou em contato com alguns dos funcionários que tiveram suas rubricas fraudadas no documento em questão, e eles confirmaram que não estiveram presentes na suposta reunião que deu aval à prestação de contas da diretoria da unidade de ensino. “Minha assinatura foi falsificada. Não estive em reunião nenhuma”.