ROMA, 27 JUL (ANSA) – O governo italiano aprovou nesta quarta-feira (26) uma série de medidas para ajudar os afetados e empresas atingidas pelos eventos climáticos extremos registrados no país nos últimos dias, como os incêndios no sul por causa do calor tórrido e as tempestades e ventanias no norte.
A principal medida do decreto-lei aprovado durante o conselho de ministros em Roma permitirá às empresas solicitar a suspensão temporária para os setores da construção e agricultura, os mais expostos ao calor, caso as temperaturas ultrapassem os 35ºC. O benefício “valerá para este ano”, segundo a ministra do Trabalho, Marina Calderone.
O governo italiano também disse que destinará 10 milhões de euros para o fundo para trabalhadores da construção e agrícolas, especificamente construtores, pedreiros e agricultores. O objetivo é combater a emergência climática nas obras e nos campos, onde os riscos de saúde e segurança são mais frequentes.
Já o ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci, anunciou a compra e produção de aeronaves de combate a incêndios e reiterou a necessidade de reforço da frota europeia.
Além disso, foi liberado 12 milhões de euros em empréstimos para as empresas de Emilia-Romagna, Marcas e Toscana, que foram afetadas por inundações.
“As primeiras 29 operações foram aprovadas por 12 milhões e outras 17 estão prontas por outros 12 milhões de euros, que serão desembolsados nos próximos dias. As investigações preliminares estão sendo concluídas. A máquina de apoio às empresas atingidas pela enchente de algumas semanas atrás já começou”, afirmou o vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani.
A região da Emilia-Romagna, apresentou, inclusive, o pedido de resolução do estado de emergência e estimou um prejuízo de mais de 40 milhões de euros em danos. “As outras regiões afetadas pelo mau tempo nas últimas semana anunciaram que farão uma solicitação semelhante”, concluiu Musumeci.
Desde o início da semana, a Itália tem sofrido com os efeitos das mudanças climáticas. Pelo menos duas pessoas morreram atingidas por árvores em meio a tempestades e vendavais na Lombardia, no norte do país, enquanto outros três cidadãos faleceram em decorrência dos incêndios na Sicília e na Calábria, no sul. (ANSA).