“Acabaram com a nossa família”, foi assim que Ivânia Oliveira, mãe de Allany Fernanda, definiu o crime da morte da jovem de 13 anos que foi baleada na cabeça, durante o sepultamento dela.
Enquanto o caixão descia na cova, a mãe de Allany chorava e desabafava. Em sua última fala, ela disse: “Todo preço que esse menino tiver que pagar, ele vai pagar na Justiça”.
O momento do sepultamento ficou marcado por choros, orações e cânticos da igreja acompanhado ao som de um violão.
Por fim, um grito de guerra da Quadrilha Bamboleá – grupo de dança junina que Allany participava – simbolizou a última homenagem a jovem acompanhada de uma salva de palmas e balões brancos sendo soltos.
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No local do sepultamento, familiares e amigos se preparavam para o último adeus
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Momento ficou marcado por orações e cânticos antes do caixão descer
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Os familiares perto do caixão, se despediam em prantos da jovem
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No fim, balões brancos foram soltos ao céu como uma última homenagem
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Momento em que o caixão foi colocado no transporte para seguir ao sepultamento, gerou fortes emoções
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Ao longo da trajetória a cova, o silêncio tomou conta a maioria do caminho
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Jovens menores de idade, colegas de Allany, compareceram ao velório
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Ao entrar na salão, a maioria saía rapidamente e volta para fora buscando consolo com os pais
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“A dor da saudade é eterna”
No velório, familiares usavam uma camiseta com a foto de Allany junto a uma mensagem que dizia: “A dor da saudade é eterna. Você foi embora cedo demais, mas seu amor ficará para sempre em nós.”
Uma das pessoas que estava com a camisa era a tia de Allany, Paula Cristine. As duas moravam juntas e, em conversa com o Metrópoles, ela relembrou a rotina e o carinho que as duas cultivavam uma pela outra.
“A todo momento ela ligava para mim falando ‘tia, eu te amo’. Quando foi no domingo, que ela não me deu notícia, meu coração começou a apertar e pensei que alguma coisa de errado tinha acontecido”, contou.
Com a voz embargada e com lágrimas escorrendo, ela externou seu sentimento de revolta com o crime cometido com sua sobrinha. “O mundo tá cheio de predadores. E ela foi só mais uma vítima de pessoas covardes que fizeram isso com ela. Espero que tenha justiça”, contou.
A tia afirmou ainda que Allany era gentil e bondosa com todos. “Ela era uma menina muito feliz e queria ver todo mundo feliz do lado dela. Não tinha maldade com nada e nem com ninguém. Para ela, todo mundo era bom e tinham um coração bom também”, destaca a tia.
A mesma alegria citada por Paula é relembrada por Cristiano Alves, presidente da Quadrilha de Bamboleá.
“O tempo todo ela era brincalhona e se preocupava com os outros. Era muito dedicada, esforçada e carinhosa. E sempre levava alegria a todos. Nós [grupo] agora ficamos de coração partido. Vai deixar saudades”, desabafou.
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A tia de Allany, Paula Cristine, relata a saudade que a jovem irá deixar
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Enquanto Cristiano Alves, presidente da Quadrilha Bamboleá, ressalta que sua alegria será relembrada por todo o grupo
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A morte da jovem
Allany Fernanda, morreu na madrugada desta terça-feira (4/11) após ter sido transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base.
Segundo investigações, a jovem foi atingida por um tiro na cabeça na madrugada de segunda-feira (3/11). Ela estava na casa de um rapaz de 20 anos, na Quadra 92 do Sol Nascente.
O principal suspeito, Carlos Eduardo Pessoa Tavares, foi detido em flagrante e levado para a Delegacia da Mulher (Deam). A defesa de Carlos alega que o tiro foi acidental.
Uma perícia inicial identificou marcas de mordidas no peito e no braço de Carlos. Além disso, Allany também apresentava marcas roxas no pescoço, o que poderia indicar uma possível luta corporal entre os envolvidos.
Segundo Mariana Almeida, delegada Deam II, são aguardados resultados periciais para descobrir se a menina reagiu antes de ser morta. “Foi realizada a perícia por um dentista, que vai verificar a compatibilidade com a arcada dentária dela”, informou.