Mais da metade dos brasilienses (52,8%) recebiam até dois salários mínimos como rendimento em seus trabalhos formais e informais em 2022. À época, o salário mínimo era de R$ 1.212.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9/10).
Em todo o país, mais de um terço (35,3%) dos trabalhadores do Brasil recebia até um salário mínimo.
Considerando a população ocupada no Distrito Federal de 14 ou mais anos de idade, a distribuição dos rendimentos de todos os trabalhos mostrou que a a maior concentração foi a de mais de um a dois salários mínimos (27,9%), seguida daquela que continha meio ou um salário mínimo (18,7%).
Enquanto 52,8% dos trabalhadores recebiam até dois salários mínimos como rendimento do trabalho, 20,6% da população brasiliense tinham rendimento superiores a cinco salários mínimos, sendo este último o maior percentual entre as unidades da federação.
O Censo 2022 mostra que apenas 12,5% dos brasilienses recebiam mais de cinco salários mínimos em seus respectivos trabalhos.
Rendimento nominal
O rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos, das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas, foi de R$ 4.714 no Distrito Federal, maior do país na comparação entre as unidades da federação.
A diferença entre sexos no quesito rendimento do trabalho permaneceu presente em 2022, na capital federal, com o rendimento da população ocupada masculina (R$ 5.200) superando em 24,8% o das mulheres nesta condição (R$ 4.166).
O recorte por cor ou raça mostrou resultados mais elevados para as categorias amarela (R$ 8.336) e branca (R$ 6.469), que registraram resultados notavelmente acima da média do Distrito Federal (R$ 4.714)
Com R$ 2.999 de rendimento domiciliar per capita, o Distrito Federal registrou os maiores valores entre as unidades da federação, seguido por Santa Catarina (R$ 2.220) e São Paulo (R$ 2.093).
Ocupação
Considerando as pessoas de 14 anos ou mais de idade, o nível de ocupação alcançou 53,5% no País, em 2022 e o Distrito registrou a segunda maior taxa de ocupação, atrás apenas de Santa Catarina (63,5%).
A diferença para salários pagos entre sexos permaneceu nítida em 2022, no Distrito Federal, com percentuais de 68,0% para os homens e 53,7% para as mulheres.
E para as cinco categorias de cor ou raça (branca, preta, amarela, parda e indígena) os homens se mantiveram com níveis de ocupação superiores aos das mulheres