Mais saudável do mundo: alimento comum pode ajudar a retardar demência

Apontado como o alimento mais saudável do planeta, o azeite de oliva voltou a chamar a atenção da ciência. Pesquisadores ao redor do mundo concordam que pessoas que consomem o óleo com frequência apresentam até 28% menos risco de morrer por causas relacionadas à demência.

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É o que diz uma pesquisa conduzida por cientistas de Harvard publicada em maio de 2024 na revista científica JAMA Network Open. O estudo acompanhou mais de 92 mil adultos por quase três décadas, reforçando o papel protetor do azeite sobre o cérebro e o coração.

Os participantes relataram hábitos alimentares e estilo de vida, e os pesquisadores compararam o consumo de azeite com a ocorrência de mortes ligadas à demência. Quem incluía mais de sete gramas do óleo por dia — o equivalente a meia colher de sopa — apresentou o menor risco.

De acordo com os autores, o azeite contém compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, como polifenóis e vitamina E, que ajudam a proteger as células cerebrais e a manter os vasos sanguíneos saudáveis. Essas substâncias reduzem processos que estão por trás da degeneração neuronal e de doenças como o Alzheimer.

O que é demência?

Neste estudo, os cientistas também observaram que trocar pequenas quantidades de margarina ou maionese por azeite traz benefícios. Uma substituição de apenas cinco gramas por dia das gorduras reduziu o risco de morte por demência entre 8% e 14%. No entanto, substituir manteiga ou óleos vegetais por azeite não mostrou diferença significativa.

Mesmo após ajustar fatores genéticos, como a presença do gene APOE ε4 — conhecido por aumentar a vulnerabilidade à demência —, o resultado se manteve. Isso indica que o azeite pode atuar como fator protetor independente, embora o estudo ressalte que se trata de uma relação de associação, e não de causa e efeito.

Para os cientistas, o segredo está em um conjunto de hábitos. O azeite deve ser parte de uma dieta equilibrada, como a mediterrânea, rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e peixes. “O azeite pode ser um marcador de um padrão alimentar mais saudável”, observam os autores.

O estudo reforça que o azeite de oliva extravirgem é mais do que um tempero: ele é um aliado da longevidade e da saúde do cérebro. Incorporar pequenas quantidades diariamente — na salada, em legumes ou até no pão — pode ajudar a proteger o organismo contra inflamações e envelhecimento precoce.

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