“Me agrediu do 16º andar ao térreo”, diz vítima espancada com 61 socos

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record TV, a mulher que levou 61 socos do então namorado no elevador de um condomínio (foto em destaque), em Natal (RN), deu detalhes sobre a tentativa de feminicídio da qual foi vítima.

O relacionamento entre Juliana Garcia, 35 anos, e o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, 29, completaria dois anos no sábado (2/8). Após ser atacada por 36 segundos, ela ficou com o rosto desfigurado, devido aos ossos da face quebrados. “Ele foi do 16º [andar] até o zero [térreo] me agredindo”, contou.

Veja imagens do ex-casal: 

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Briga inicial na área de lazer de condomínio

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Juliana tentou recuperar celular tomado pelo agressor

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Momento em que Igor Eduardo joga o aparelho na piscina

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Casal teve discussão dentro de elevador

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Juliana Garcia, 35 anos, foi espancada em seguida

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“Meus ossos do rosto estão quebrados”, disse a vítima

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Igor Eduardo Cabral segue preso pelo crime de tentativa de feminicídio

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Agressor deu 61 socos na então namorada, em menos de 40 segundos

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Criminosos já foi jogador de basquete

Reprodução / Redes sociais

Promotora de vendas, Juliana relatou que, cerca de sete meses antes, foi empurrada por Igor Eduardo, mas acreditou se tratar de uma ação “por impulso” e decidiu não registrar ocorrência. “Ele era muito controlador, mas justificava isso como uma forma de amor”, contou a vítima.

Na data das agressões registradas por uma câmera de segurança no elevador, o ex-jogador de basquete discutiu com a então namorada por causa de uma mensagem no celular dela.

O agressor, então, pegou o aparelho e o jogou na piscina. No entanto, essa também não foi a primeira vez que algo desse tipo aconteceu. “Ele já tinha quebrado um celular meu pisando [sobre o item]. Na segunda vez, jogou outro contra a parede”, relembrou Juliana.

O que se sabe até agora

Cirurgia de reconstrução facial

Com múltiplas fraturas na face e na mandíbula, segundo laudo médico emitido pelo Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Juliana teve de passar por cirurgia de reconstrução facial.

Os médicos precisaram aguardar a diminuição do edema na faca, para submetê-la ao procedimento cirúrgico, no Hospital Universitário Onofre Lopes.

Uma amiga da vítima organizou uma vaquinha on-line para ajudar nos custos do tratamento. A campanha teve grande mobilização nas mídias sociais, e vários profissionais da saúde – inclusive cirurgiões e dentistas – se voluntariaram para oferecer serviços.

“Obrigada pelo apoio. Sempre serei grata por isso. Tudo isso vai passar, e terei minha vida de volta”, escreveu Juliana, em resposta.

Covardia registrada

Na gravação que comprovou o ataque sofrido, a  vítima aparece caída no piso do elevador, sem reação e com um sangramento intenso. O nível de violência foi tamanho, que a juíza responsável por conduzir a audiência de custódia não conseguiu assistir à cena até o fim.

Veja:

Um segurança do condomínio testemunhou o crime pelo sistema de monitoramento do residencial e acionou a Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN). Quando o elevador chegou ao térreo, Igor Eduardo foi contido por moradores e preso pouco depois.

Sem condições de falar, devido aos ferimentos no rosto, a vítima entregou aos policiais um bilhete, no qual disse que o então namorado ameaçou matá-la. A Polícia Civil (PCRN) autuou o criminoso por tentativa de feminicídio.

A prisão em flagrante foi convertida pela Justiça em preventiva, sem prazo definido para soltura. Levada para o hospital, Juliana prestou depoimento por escrito, pois não conseguia conversar.

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