Mouses ergonômicos prometem prevenir lesões por esforço repetitivo

Lesões por esforço repetitivo, ou LER, são um problema crescente entre quem passa muitas horas em frente ao computador. Caracterizam-se pelo desgaste físico causado por movimentos repetidos, postura inadequada e ausência de pausas  — fatores que podem levar a dores, inflamações e dificuldade de mobilidade. Para diminuir as consequências da LER, pesquisadores propõem uma nova geração de mouse com design inovador.

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Um estudo publicado na edição de setembro a outubro de 2025 da revista ACM Interactions, apresentou dois protótipos de mouses projetados para reduzir tensões no punho: o Fleximouse, com corpo maleável, e o modelo em A-frame (estrutura em “A”), que se sustenta mais ereto.

O Fleximouse permite ao usuário mover o cursor alterando a pegada em vez de arrastar o dispositivo sobre a mesa, enquanto o A-frame favorece uma postura menos forçada, o que estimula tensão e fadiga.

Pesquisadores construíram dois protótipos de mouses de computador projetados para reduzir lesões no pulso, um com corpo flexível e outro com design em formato de A

O que é LER e como se manifesta

Conforme definição do Ministério da Saúde, LER é uma lesão causada por atividades repetitivas contínuas — digitar, usar mouse, costurar, etc. — quando há incompatibilidade entre a tarefa e a capacidade física do corpo.

Sintomas típicos da LER

Como prevenir a LER

Segundo os pesquisadores, os novos mouses surgem como complemento importante: ao evitar que o dispositivo seja levantado ou reposicionado frequentemente, ou que o pulso fique em postura forçada, podem diminuir significativamente a probabilidade de dor e lesão. No estudo, estudantes que usaram os protótipos relataram menos necessidade de reposicionar o pulso e menor desconforto.

Embora não sejam solução definitiva, os mouses com design flexível ou posturas alternativas podem representar avanço relevante no combate à LER. Unindo prevenção comportamental, ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho e inovação tecnológica, é possível reduzir dores e prolongar a saúde física de quem vive conectado.

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