A tarde dessa quinta-feira (27/11) na 710/11 da Asa Norte — área já marcada pela presença constante de pessoas em situação de rua — se transformou em um cenário ainda mais contrastante com o comércio da região. Motoristas, pedestres e moradores foram pegos de surpresa ao flagrarem um “casal transão”, em uma cama improvisada na área comercial, entregando-se a um “nheco-nheco” sem pudor algum, em plena luz do dia, com direito a mordidas no pescoço e movimentos bruscos. A cena reforça a necessidade de atenção às pessoas em situação de rua.
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O casal parecia operar em seu próprio mundo: corpos próximos, sussurros abafados, movimentos insinuantes. A cena divulgada pela página @asa_norte_brasilia, carrega tensão e ousadia. Não apenas pelo teor íntimo da situação, mas pela maneira abrupta com que ela se impôs a um ambiente urbano onde crianças, idosos e trabalhadores circulam a todo momento.
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Moradores e comerciantes afirmam que a 710/11 Norte vive um contraste diário cada vez mais evidente: de um lado, o fluxo intenso de quem trabalha na região; do outro, a presença crescente de pessoas em situação de rua, usuários de drogas e problemas sociais que se acumulam sem resposta adequada.
Diante da recorrência de crimes, a Asa Norte tornou-se um dos principais focos das forças de segurança pública do Distrito Federal, que não apenas intensificaram a vigilância na região, como também realizam operações constantes — como a Sentinela Urbana — com o objetivo de coibir a criminalidade local.
Enquadramento legal
Apesar de a situação ter ganhado repercussão pelo inusitado, a legislação brasileira é clara quanto à prática de atos sexuais em locais públicos. O episódio pode configurar ato obsceno, previsto no artigo 233 do Código Penal, que define:
- Ato obsceno: praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público.
- Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa.
- Exemplos comuns: carícias íntimas, nudez ou relação sexual visível em espaço público.
- Trata-se de crime de menor potencial ofensivo, mas que exige registro de ocorrência e, em geral, leva ao Termo Circunstanciado, com posterior audiência no Juizado Especial Criminal.
Abordagem social
Quando episódios como este envolvem pessoas em situação de rua, a resposta das autoridades tende a priorizar assistência social. Equipes costumam avaliar necessidades básicas, oferecer atendimento e encaminhar para serviços públicos, evitando medidas que agravem a vulnerabilidade.
A Polícia Militar confirma que, em muitos casos, os envolvidos acabam liberados após os trâmites legais preliminares — reforçando que a privacidade deve ser respeitada, mas que o convívio social impõe limites que não podem ser ignorados.