No dia 13 de outubro, foi assinado no Egito um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, defendido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano previa a liberação de capturados por ambos os lados e a redução gradual da ocupação de Gaza pelo exército israelense. O acordo, no entanto, tem se mostrado instável e frágil. A última terça-feira, 28, foi o dia mais mortal desde o início do cessar-fogo. Israel atacou novamente Gaza, matando 104 pessoas, incluindo dezenas de crianças.
Diante desse cenário, muitas perguntas permanecem em aberto: como a história vai tratar Israel e os países que apoiaram o genocídio? Como a extrema-direita deixou de ser negacionista do Holocausto e passou a ser negacionista do genocídio? E será que Benjamin Netanyahu está realmente interessado em um cessar-fogo?
Neste episódio, o sociólogo e historiador Michel Gherman analisa o contexto político e simbólico do atual acordo, as narrativas que se constroem em torno da guerra e o papel da extrema direita internacional na reconfiguração do discurso sobre o genocídio.
