Oropouche: saiba sintoma inusitado que pode aparecer na infecção viral

Em recente atualização, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) chamou atenção para a expansão da febre oropouche nas Américas. Segundo a agência ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), 12.786 casos foram notificados nos países da região até o final de julho.

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A Opas recomendou que os países intensifiquem o combate à doença com vigilância epidemiológica, que inclui a testagem, e o controle de vetores.

“A colaboração nacional e regional é essencial para monitorar e controlar a propagação do vírus, especialmente no contexto da circulação de outros arbovírus, como a dengue”, aponta o documento publicado em 14 de agosto.

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Parece dengue

Os sintomas da oropouche são similares aos da dengue e da zika: incluem febre alta, dores intensas de cabeça e dores musculares e nas articulações. Em alguns casos, o paciente pode apresentar sintomas estomacais, como náuseas, vômitos e diarreia.

Nos casos mais graves, o vírus pode provocar inflamações na meninge e, nessas situações, aparecem sintomas inusitados, como dor nos olhos e fotofobia (aversão à luz).

“Não são os sintomas mais comuns, mas podem ocorrer devido ao quadro de inflamação que o vírus provoca”, comenta o infectologista Werciley Junior, do Grupo Santa.

A recuperação costuma ocorrer em duas ou três semanas e, de maneira semelhante a outras doenças causadas por vírus, não há remédio específico. O manejo clínico consiste em aliviar a dor e a febre do paciente, mantendo-o hidratado.

Importância da testagem

O infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda reforça a importância da testagem. “Os sistomas da oropouche são iguais aos da dengue e da zika. O diagnóstico precisa ser laboratorial por conta dessa semelhança. Para acompanhar a disseminação do vírus e fazer o controle epidemiológico correto, a testagem é fundamental”, afirma Croda.

Segundo o especialista, a expansão da oropouche para além da Amazônia já acendeu o alerta na comunidade científica internacional. “Os pesquisadores descobriram que há uma nova variante do vírus em circulação e a expansão de casos do ano passado foi associada a essa nova variante”, explica.

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