Após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrar uma operação e prender mãe e filha que deixaram um rastro de prejuízos após embolsarem R$ 500 mil graças a uma onda de golpes, outras três vítimas denunciaram a dupla na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), responsável pelas investigações.
Todos narraram que foram enganadas em esquemas semelhantes aos apurados pela PCDF. As vítimas relataram que a dupla negociava compra de uma terra e, depois, exigia o pagamento de taxas referentes ao georreferenciamento da área e à entrada do dinheiro no país – pois o valor estaria depositado em Zurique, na Suíça.
Após receber o pagamento das supostas taxas, a dupla desaparecia e deixava os clientes no prejuízo. As três novas vítimas detalharam que perderam R$ 8 mil, R$ 12 mil e R$ 16,5 mil.
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Operação
A coluna Na Mira apurou que as golpistas são Maria Gorete Ferreira Alves e Claudiana Maria Alves Fernandes (ambas na foto em destaque), filha dela.
Além das prisões preventivas, policiais civis da 18ª DP fizeram buscas e apreensões nessa quinta-feira (17/7), para reunir provas dos golpes aplicados pelas dupla. Os investigadores recolheram, inclusive, dispositivos eletrônicos das suspeitas.
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Operação realizada por policiais civis da 18ª DP (Brazlândia)
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Policiais civis apuraram que mãe e filha se especializaram em enganar pequenos proprietários rurais, passando-se por compradoras de terras
Reprodução / PCDF
As investigações revelaram que as duas criminosas se especializaram em enganar pequenos proprietários rurais ao se passarem por compradoras de terras.
As despesas eram cobradas dos vendedores como condição para o pagamento da terra por elas. Depois que as vítimas depositavam o dinheiro na conta de Maria Gorete e Claudiana Maria, a dupla desistia do negócio e não restituía os valores.
Entre maio de 2024 e abril de 2025, a mãe e a filha fizeram três vítimas em Brazlândia, duas em Vicente Pires e uma em Ceilândia. Com isso, conseguiram cerca de R$ 500 mil.
Um único proprietário rural, morador de Brazlândia, chegou a pagar R$ 320 mil à dupla. Uma das presas havia sido condenada, em 2019, por crimes de estelionato e falsidade ideológica cometidos em Ceilândia.