Quatro pessoas envolvidas no incêndio da unidade do Instituto Liberte-se, no Paranoá, foram presas temporariamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A tragédia que deixou conco homens mortos ocorreu em 31 de agosto.
Segundo o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Bruno Cunha, as detenções foram necessárias após nformações colhidas durante as investigações.
“Outras oitivas que tivemos reforçaram que o comportamento penal relevante deles foi intenso, no sentido de manter as pessoas trancadas no momento do incêndio, não adotando as providências necessárias para fazer o local funcionar de acordo com a lei”, afirmou.
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Dois proprietários, um coordenador e um funcionário da clínica clandestina foram presos. De acordo com o delegado, se condenados, eles podem pegar mais de 30 anos de prisão.
Ainda segundo Bruno, o resultado da perícia ainda é aguardado. “Mas tudo indica que foi causa humana. Resta saber se foi intencional ou não”, comentou o delegado-chefe da 6ª DP.
Fechamento imediato
A Justiça do DF determinou o encerramento imediato das atividades do Instituto Terapêutico Liberte-se, após uma das unidades da clínica ser alvo de denúncias de cárcere privado, maus-tratos e outras violações de direitos humanos, bem como das prisões dos coordenadores da unidade, no Lago Oeste. Essa não é a que pegou fogo, mas pertence ao mesmo grupo de donos.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da 5ª Promotoria Regional de Defesa de Direitos Difusos (Proreg) e o Núcleo de Direitos Humanos (NDH) instaurou, nessa quarta-feira, um procedimento preparatório para investigar as denúncias de graves violações de direitos humanos envolvendo a clínica.