Pesquisa sugere que “modo soneca” pode melhorar qualidade do descanso

O mundo se divide entre os que amam e os que odeiam a função soneca, aquela que permite atrasar por alguns minutinhos o despertar, possibilitando um descanso extra na cama. Ao contrário do que se pensava, pesquisadores da Universidade de Estolcomo, da Suécia, afirmam que o recurso pode melhorar a qualidade do descanso dos usuários.

A pesquisa foi publicada, nesta quarta-feira (18/10), no Journal of Sleep Research. Para descobrir se esse tempinho a mais prejudica ou colabora com o sono, os investigadores avaliaram os efeitos da soneca no dia a dia e na qualidade do descanso.

“Vimos alguns resultados positivos nos exames de quem usa a função soneca, como uma menor probabilidade de acordar durante o sono profundo. Além disso, os voluntários que usam a função também tiveram um raciocínio um pouco mais rápido quando se levantaram”, explicou Tina Sundelin, autora principal do trabalho, em comunicado à imprensa.

Soneca era muito associada à desrregulação do sono, mas pesquisadores identificaram benefícios na estratégia

Medodologia

O estudo foi realizado em duas partes. A primeira foi uma série de entrevistas com 1,7 mil indivíduos em relação aos hábitos de sono, incluíndo o uso da função soneca. Segundo a pesquisa, os adultos jovens e as pessoas autoidentificadas como noturnas são as que mais usam o recurso. O motivo principal: estar cansado demais quando soa o primeiro alarme.

Já na segunda fase, os pesquisadores acompanharam duas noites de sono de 31 voluntários dentro do laboratório. Em uma manhã, eles tinham de se levantar assim que o alarme tocava e, na outra, poderiam acionar o modo soneca e dormir mais 30 minutos.

Embora o sono dos participantes tenha sido conturbado durante a meia hora de cochilo, a maioria deles ainda dormiu bastante, com uma média de apenas 6 minutos de sono perdido em relação ao primeiro toque do despertador.

“Nossas descobertas mostram que as pessoas que usam o modo soneca, dormem um pouco menos que os demais. Mas não houve efeitos negativos na liberação de cortisol, no cansaço matinal, no humor ou na qualidade do sono durante a noite”, conclui Tina.


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