Pessoas em situação de rua se espalham por vias do DF no fim de ano

Acampamentos de pessoas em situação de rua passaram a ocupar trechos de diferentes vias do Distrito Federal neste fim de ano. Registros feitos em várias regiões administrativas mostram a presença de adultos, idosos, crianças e até bebê de colo vivendo em estruturas montadas em calçadas, canteiros e áreas públicas.

Na região da Asa Norte, em Brasília, é possível ver várias famílias em situação de rua. Entre elas, há uma idosa cadeirante e uma criança. A criança brinca com um patinete ao redor da barraca onde a família está alojada. Próximo ao local, chama a atenção uma árvore de Natal improvasada. Sobre as barracas, também é possível identificar roupas de crianças.

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Idosa cadeirante em situação de rua, em ocupação na região central de Brasília

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Ao redor da ocupação, é possível ver uma árvore de Natal com efeiteis e uma barraca

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mulher sentada em frente a barraca -improvisada no canteiro da L2 norte

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Idosa cadeirante em frente a barraca sob o canteiro

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Outros barracos menores na região central de Brasília

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Criança e idosa em frente a moradia improvisada

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Em Taguatinga, no Distrito Federal, uma família foi registrada utilizando uma parada de ônibus como local de descanso, onde uma criança foi vista fazendo carinho em uma idosa. Na mesma região, foram encontrados barracos de lona de menor porte, próximos a um shopping.

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Registro de três meninas com uma mulher idosa em situação de rua, em Taguatinga. A reportagem flagrou o momento de carinho de uma das crianças com a mulher

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No local, é possível ver brinquedos, dois barracos de lona e, ao fundo, um carro branco estacionado

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Na mesma região, havia também três barracos de lona em frente à subestação do Metrô-DF

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Uma criança de colo foi vista dentro de um carro com uma mulher. Ao todo, é possível identificar cinco crianças no local. A área aparenta estar ocupada por mais de uma família.

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Registro de uma mulher com uma criança de colo dentro de um carro estacionado próximo a um shopping em Taguatinga

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Crianças em situação de rua brincam no canteiro

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Tenda improvisada com um homem, uma mulher e uma criança de colo. No local, foi possível perceber que o automóvel é usado como uma espécie de depósito para objetos pessoais

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Crianças, adultos e barracos de lona foram registrados no local

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No canteiro da N4, a reportagem registrou o contraste entre a vegetação e os alojamentos improvisados de pessoas em situação de rua. No local, havia um homem portando um facão, caracterizado como arma branca, conforme mostra a imagem. Ao fundo, também é possível perceber acúmulo de lixo, presença de fogo e galões de água.

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Este foi o maior acampamento improvisado registrado na via N4, em Brasília, com barracos de lona em ambos os lados da via, sobre o canteiro

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Um homem armado com um facão foi visto no local, cercado por barracos de lona e mantimentos, como água

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Entre as árvores, foram instaladas barracas de lona se instalam na região central de Brasília

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Um idoso foi visto do outro lado da via, em frente a uma moradia de lona

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A direita, um homem munido com um facão foi visto; ao fundo, há caixas organizadas com possíveis mantimentos, além de lixo em chamas que produz fumaça branca

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Uma criança e um homem foram vistos no meio do acampamento

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A reportagem procurou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sobre o registro do homem armado, que respondeu, em nota, que atua de forma coordenada com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), respeitando as atribuições institucionais de cada pasta, especialmente em ações que envolvem vulnerabilidade social.

Segundo a PMDF, eles realizam o monitoramento social e censitário da população em situação de rua, apesar de não ser uma atribuição primária da corporação.

“A atuação da PMDF é pautada pela preservação da ordem pública e pela garantia da segurança de todos os cidadãos, independentemente de sua condição social. O foco é a prevenção e repressão de crimes, bem como a proteção da integridade física das pessoas, inclusive daquelas em situação de rua, que muitas vezes se encontram em estado de vulnerabilidade e podem ser vítimas de delitos”, afirma a corporação.

A PMDF acrescentou que atua em conformidade com a Recomendação nº 3/2021 do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e aborda indivíduos em situação de rua com base em comportamentos objetivamente suspeitos, detendo-os somente quando flagrados em delitos.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento do Distrito Federal (Sedes), que informou que reconhece o crescimento de pessoas em situação de rua em todo o DF, mas que o Governo do Distrito Federal (GDF), acompanha e amplia ações que integram esse tema.

“A Secretaria de Desenvolvimento Social reconhece o crescimento de pessoas em situação de rua no Distrito Federal, conforme apontou estudo do (Instituto de Pesquisa e Estatísticas do DF) IPEDF, mas ressalta que as políticas públicas do GDF acompanharam esse crescimento com a ampliação de ações integrais e transversais previstas no Plano Distrital para a População em Situação de Rua.”, afirma.

A Sedes ressaltou que não realiza a remoção das pessoas que vivem nessas condições, mas garante o acesso à rede proteção social do Distrito Federal. E acompanha a população em situação de rua por meio de 26 equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social.