A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (4/7), a segunda fase da Operação Venire, que apura a suposta fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.
Os alvos são Washington Reis (MDB), secretário estadual de Transportes do Rio e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde de Caxias.
Na atual fase, são cumpridos mandados de busca e apreensão contra os agentes públicos, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção dos dados falsos de vacinação nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.
O mandados foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento.
Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Duque de Caxias (RJ).
As investigações da PF neste inquérito indicam que o sistema da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias foi usado, de forma irregular, para inserir nos registros de Bolsonaro e aliados doses de vacina contra a Covid que nunca foram aplicadas de fato.
O esquema teria adulterado os cartões de vacina:
- do então presidente Jair Bolsonaro;
- da filha mais nova dele, de 12 anos;
- de assessores do então presidente;
- do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do então prefeito de Duque de Caxias.