A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (21/2), a Operação Darkspot, que resultou na prisão de dois homens e uma mulher acusados de operar uma plataforma clandestina de acesso a serviços governamentais restritos e dados pessoais de autoridades. O grupo foi localizado em uma praia privativa no litoral de Santa Catarina, onde mantinha um padrão de vida incompatível com a renda declarada.
Os suspeitos responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenados, podem pegar até 17 anos de reclusão, além de multa.
Durante a operação, além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão que resultaram na confiscação de equipamentos eletrônicos, documentos e veículos de luxo, bem como aproximadamente R$ 108 mil em espécie. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados, a suspensão da plataforma utilizada para a prática criminosa e o bloqueio de domínios relacionados ao serviço ilegal.
De acordo com as investigações, o grupo operava por meio da plataforma “Max Buscas”, que oferecia mais de 70 painéis de pesquisa contendo informações sigilosas de pessoas físicas e jurídicas, além de acesso a bancos de dados restritos de diversos órgãos governamentais. O sistema contava com uma estrutura hierarquizada, incluindo administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes.
A plataforma permitia a consulta indevida de informações sensíveis, comprometendo a segurança dos dados e expondo milhares de cidadãos. As autoridades seguem apurando se outros envolvidos fazem parte do esquema e avaliam a extensão dos danos causados pelo vazamento de informações sigilosas.