Saiba 11 réus do 8/1 que violaram a tornozeleira eletrônica

Alguns dos “patriotas” presos pelos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 chegaram a violar as tornozeleiras eletrônicas e foram considerados foragidos por um período. Os casos voltaram à tona após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o uso do equipamento pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado.

Paulo Augusto Bufarah, 55 anos, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em 26 de junho deste ano, conforme divulgado pela coluna Mirelle Pinheiro, foi um deles. Paulo ficou foragido após romper a tornozeleira eletrônica e sair do radar da polícia. O criminoso estava na Argentina e foi preso assim que voltou para o Brasil.

Mas nem só os vândalos foram presos pelo 8 de Janeiro. Integrantes da Polícia Militar do DF (PMDF) também receberam medidas restritivas. Um deles é o ex-comandante Klepter Rosa Gonçalves, que foi detido e liberado sob a condição de utilizar a tornozeleira eletrônica para continuar sendo monitorado.

Em abril deste ano, Klepter teria deixado de usar a tornozeleira, levando o STF a acioná-lo em junho. Os advogados explicaram que o item estava “carregando”. “O monitorado tomou providência imediata para regularização da carga do equipamento”, escreveram à Corte.

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O que significa o uso de tornozeleira e como funciona

Implantadas no Brasil por meio da Lei 12.258/2010, as tornozeleiras eletrônicas são alternativa para diversos cenários — em um deles, o item funciona como medida cautelar para um cidadão que está sendo processado criminalmente. Pode ser alternativa à prisão preventiva.

O objetivo judicial do uso da tornozeleira eletrônica é monitorar o investigado. No caso de Bolsonaro, o dispositivo vai informar a Justiça caso o ex-presidente saia do país, se dirija a embaixadas ou fique fora de casa no horário proibido pela decisão do STF.

Com GPS embutido, a tornozeleira pesa 156 gramas, e a bateria recarregável, 110 g. A bateria dura cerca de 24 horas, e o usuário pode escolher se a liga diretamente na tomada ou se retira uma parte do dispositivo para recarga e, depois, acopla os dois módulos. Luzes de led piscam de acordo com o status do equipamento, que também vibra para avisar quando a bateria está fraca. Além disso, não é necessário retirá-lo para tomar banho, pois o item é à prova d’água.

Se o equipamento de Bolsonaro quebrar ou for removido, os profissionais que acompanham o sistema serão avisados por meio de uma sirene alta que tocará na sede do Cime. Em todas as situações, a Justiça será avisada, e o comportamento do monitorado poderá ser levado em conta no processo.

Um telefone 0800 fica também disponível 24 horas para atendimento aos usuários. Os atendentes de plantão podem tirar dúvidas sobre o uso e, se os equipamentos apresentarem algum defeito ou serem danificados, o monitorado terá como pedir orientações.

 

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