Saiba qual foi o último post de PM e advogada antes de serem presos

O último post no Instagram do policial militar de Luziânia, Hebert Póvoa, antes de ser preso junto com a esposa, a advogada Tatiane Meireles, revela o perfil empreendedor do casal, investigado por agiotagem, lavagem de dinheiro e extorsão violenta. Em geral, as publicações do policial, que divulga detalhes da vida nas redes,  alternam-se entre divulgação das próprias empresas, rotina de trabalho, academia e elogios à companheira.

Vídeo:

 

Entenda o caso:

Imagens:

 

6 imagensFechar modal.1 de 6

Policial Militar de Luziânia foi preso suspeito de liderar um esquema de extorsão

Reprodução / Redes sociais2 de 6

Segundo a denúncia, o policial e a esposa dele torturavam e agrediam vítimas

Reprodução / Redes sociais3 de 6

Herbert Póvoa é policial militar e foi preso em uma operação da PCGO nesta sexta-feira (28/11)

Reprodução / Redes sociais4 de 6

Tatiane e Hebert eram casados e publicavam a rotina nas redes sociais

Reprodução / Redes sociais5 de 6

O casal e outros quatro investigados foram presos nesta sexta-feira (28/11) por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia.

Reprodução / Redes sociais6 de 6

Tatiane Meireles é advogada e, conforme a denúncia, auxiliava nas atividades da organização criminosa

Reprodução / Redes sociais

“Aqui no Goiás você vai aprender como funciona”

Um vídeo que o Metrópoles teve acesso mostra como o casal agia na hora de cobrar as dívidas. Tatiane Meireles, além de oferecer suporte jurídico para “blindar” a quadrilha, teria participado diretamente das cobranças, agindo com violência.

Em uma gravação, uma das vítima que é agredida e torturada estava agachada no chão, resmungando de dor, chorando e sussurrando “Aí”. Um homem que o agrediu diz: “Tira da casa dos outros. Aqui no Goiás você vai aprender como funciona”. O agressor chutou a vítima e ordenou: “Levanta! Cola aqui até às 9 da noite.”

Veja: 

A vítima respondeu: “Eu não sei onde está a lente do meu óculos. Não consigo enxergar.” O agressor retrucou: “Então vai morrer atropelado.” Quando a vítima finalmente localizou a lente, a advogada gritou: “Levanta! Levanta o braço!” e partiu para o ataque.

Leia também

Agressão e tortura

Informações preliminares da investigação indicam que o grupo movimentava grandes quantias de dinheiro e recorria sistematicamente a ameaças e agressões físicas contra devedores submetidos a juros abusivos. Há relatos de vítimas que viviam sob constante intimidação, temendo novas investidas violentas.

A coluna Na Mira entrou em contato a OAB-GO. Também tentamos localizar a defesa dos envolvidos citados. O espaço segue aberto para manifestações.

Posicionamento

Em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que a corporação teve conhecimento da operação da Polícia Civil e que não compactua com desvios de conduta e reitera seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência. As medidas administrativas cabíveis já foram adotadas e seguirão em estrita observância às normas internas.

A Polícia Militar do Estado de Goiás permanece colaborando integralmente com as investigações, a fim de esclarecer todos os fatos no âmbito judicial.

Sair da versão mobile