A equipe médica envolvida nos atendimentos do menino Theo Pietro Medeiros, de 10 anos, que morreu após um quadro de apendicite, em 23 de outubro, foi afastada pela Secretaria Municipal de Saúde de Águas Lindas de Goiás, cidade do Entorno do Distrito Federal.
Em nota, a pasta informou que está apurando os fatos relacionados ao atendimento da criança seguindo o Protocolo de Londres que, de acordo com a secretaria, orienta a análise de eventos adversos com rigor técnico e transparência.
“Ressaltamos que, de forma imediata, os profissionais envolvidos diretamente no caso de possível negligência foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações”, afirmou a nota.
Veja fotos do pequeno Theo Pietro:
A mãe de Theo Pietro procurou uma unidade de saúde pela primeira vez em 20 de outubro
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A criança retornou à UPA outras duas vezes, pois os sintomas persitiam
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Na última vez em que Theo procurou atendimento, ele chegou em parada cardiorrespiratória e não resistiu
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O corpo da criança foi enterrado no último sábado (25/10)
Material cedido ao Metrópoles
Entenda
Segundo a família, tudo começou quando a mãe do pequeno Theo Pietro Medeiros o levou até uma unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade, no dia 20 de outubro, após o menino reclamar de dores.
Chegando ao local, ela foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A criança foi então levada para a unidade básica de saúde (UBS), onde recebeu o primeiro atendimento, sendo medicada e liberada.
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Na quarta-feira (22/10), eles retornaram à UPA, pois os sintomas persistiram. Lá, Theo Pietro foi novamente atendido, medicado e liberado.
A prima da criança e advogada da família, Ana Laura Medeiros, disse ao Metrópoles que, nesse dia, foram realizados exames de raio-x e sangue. “O resultado do raio-x indicou acúmulo de fezes e o exame de sangue apresentou resultados dentro da normalidade, segundo os médicos”, comentou.
O problema foi no dia seguinte, quinta-feira (23/10) quando a criança teve que retornar à unidade de saúde, pois os sintomas persistiam. Segundo Ana Laura, o menino já chegou na UPA em parada cardiorrespiratória e não resistiu.
“Eu não aguento mais”
A prima do pequeno Theo afirmou que, em um de seus últimos momentos com vida, a criança de 10 anos disse: “Mamãe, eu não aguento mais. Eu te amo”. Segundo Ana Laura, o motivo que fez a família acreditar em erro médico veio na sexta-feira (24/10).
“No momento da liberação do corpo, o laudo (do IML) atestou como causa da morte apendicite supurada (complicação grave da apendicite, onde o apêndice inflamado se rompe, liberando pus e fezes na cavidade abdominal)”, pontuou.
De acordo com ela, atualmente, as medidas cabíveis estão sendo tomadas para formalizar a denúncia e instaurar um inquérito policial para investigar a morte da criança.
O corpo de Theo Pietro foi enterrado no sábado (25/10) e uma Missa de Sétimo Dia será celebrada nesta quinta-feira (30/10), em Águas Lindas de Goiás.
