Sistema prisional do DF será o 1º com protocolo PrEP, de prevenção ao HIV

O sistema prisional do Distrito Federal será o primeiro a ter um protocolo de fluxo para o serviço de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) no país. Um Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) foi formado nessa segunda-feira (11/8) para elaboração do modelo, uma parceria do Governo do Distrito Federal com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e AIDS (Unaids) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Segundo o Unaids, dados globais demonstram que a prevalência do HIV na população carcerária foi 1,3 vez maior que na população geral — que é de 0,8%. O grupo incluirá as secretarias de Saúde e da Administração Penitenciária do DF. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.

Funções do Grupo de Trabalho Interinstitucional:

Público-alvo

De acordo com o Unaids, pessoas privadas de liberdade são uma das populações-chave na resposta ao HIV. Condições como superlotação, precariedade da higiene e acesso limitado aos serviços de saúde contribuem para essa alta prevalência, conforme aponta o programa.

A PrEP consiste no uso diário de um comprimido antirretrovira por pessoas que não vivem com o HIV, mas que apresentam alto risco de exposição ao vírus. O Unaids alega que a PrEP pode reduzir o risco de infecção em até 99% entre pessoas que tiveram relações sexuais sem preservativo e cerca de 74% entre pessoas que usam drogas injetáveis.

Segundo o programa, a implementação do protocolo da PrEP permitirá, ainda, o diagnóstico de pessoas que vivem com HIV, encaminhando-as para o tratamento com antirretrovirais. Além de iniciar o uso da PrEP para as pessoas que não vivem com HIV, e, assim mapear  sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A ideia é que o projeto ainda estimule políticas públicas em demais unidades da federação para em combate ao HIV em populações específicas.

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