Testemunha ouviu filho que manteve mãe presa gritar: “Morre, velha”

Uma testemunha disse à Polícia Civil que Demetrius Emerson de Farias (foto abaixo), de 49 anos, que manteve a mãe presa por 15 anos em uma residência em Samambaia, frequentemente a ofendia com palavras cruéis, dizendo: “Morre, sua velha. Não vai fazer falta aqui. Não presta pra nada”.

A vítima, de 72 anos, muitas vezes era deixada sozinha e chorando. A pessoa que conhece a idosa há cerca de nove anos, revelou ainda que a mulher vivia com hematomas nos braços, e um deles teria ocorrido após uma discussão com o filho.

Outra pessoa próxima contou que, ao retirar seis sacos de lixo da casa, Demetrius quase agrediu a mãe.

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Segundo os relatos, ele ainda impedia que a idosa comprasse um novo fogão ou realizasse exames oftalmológicos, mesmo após perda de visão recente.

Em 2024, ele teria viajado ao Rio de Janeiro para assistir a um show de Madonna com o dinheiro da mãe, deixando-a abandonada por quatro dias.

Entenda o caso:

Imagens da casa: 

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Idosa era alimentada com panetone

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Um dos quartos da casa

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Estado da cozinha

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Estado da cama

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Como o fogão estava

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Casa toda bagunçada

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Cama lotada de entulho

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Banheiro da casa

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Remédios jogados

Reprodução / PCDF

“Nunca foi uma boa mãe”

Demetrius foi autuado por crime contra pessoa idosa, com base na Lei Maria da Penha. Em depoimento, ele afirmou que, desde 2003, administra a pensão da mãe, deixada pela avó.

Disse ainda que metade do dinheiro era usada para pagar o plano de saúde da idosa e que ficava apenas com R$ 500. O suspeito declarou também que a mãe “é difícil de lidar” e que “nunca foi uma boa mãe”, mas admitiu estar errado “por ser filho e ela, uma idosa”.

Casa cheia de entulhos

Roupas e caixas estavam espalhadas por todos os cômodos. O banheiro, a cozinha e o quarto onde a mulher de 72 anos dormia eram totalmente insalubres — com sujeira, mofo e mau cheiro. Caixas de remédios estavam jogadas sobre os móveis, e o fogão acumulava crostas de gordura.

Em meio ao lixo, dezenas de caixas de panetone chamavam a atenção — o alimento que, segundo a vítima, fazia parte da sua rotina de sobrevivência em condições degradantes.

A vítima contou aos agentes que o acúmulo de lixo durava mais de 15 anos e que os cômodos nunca eram limpos, pois o filho sofre de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Veja o vídeo:

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