Treinar 1 vez por semana não é suficiente para evitar disfunção erétil

Embora inicialmente pareça que se exercitar apenas no fim de semana traz alguns benefícios para a saúde, os resultados de uma pesquisa brasileira sugerem que, para se proteger da disfunção erétil, é essencial distribuir a atividade física ao longo da semana. Ou seja, a constância é determinante na melhora da função sexual masculina.

A conclusão é de um estudo publicado em 2 de julho de 2025 na revista científica Preventive Medicine. Os cientistas analisaram o padrão de exercícios e a saúde sexual de 15.655 homens com mais de 40 anos atendidos entre 2008 e 2022 no Hospital Israelita Albert Einstein.

Os pesquisadores investigaram três grupos de homens: os sedentários, os que faziam atividade apenas no fim de semana e os que mantinham uma rotina de exercícios distribuída em pelo menos três sessões por semana. A prevalência geral de disfunção erétil nos grupos estudados foi de 22,4%.

No início da análise, os resultados sugeriram que os “guerreiros do fim de semana” teriam uma menor incidência do problema em comparação com os sedentários. No entanto, após ajustes estatísticos levando em consideração fatores como idade, doenças pré-existentes e outras condições de saúde, a proteção atribuída ao exercício concentrado no fim de semana deixou de ser significativa.

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Em contrapartida, o grupo que praticava atividade física regularmente manteve um risco reduzido de disfunção erétil mesmo após esses ajustes. Segundo os autores, isso indica que o fator determinante não é apenas a quantidade de exercício acumulada semanalmente, mas a frequência com que ele é realizado.

A prática regular favorece mecanismos fisiológicos, com um bom funcionamento dos vasos sanguíneos e a melhora da circulação, essenciais para a função sexual.

A pesquisa reforça que o exercício físico atua na saúde sexual masculina como reflexo de benefícios mais amplos no organismo. Problemas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, todos relacionados ao sedentarismo, também aumentam o risco de disfunção erétil.

Portanto, manter uma rotina consistente de exercícios pode ser uma estratégia importante tanto para prevenir doenças crônicas quanto para preservar a qualidade da vida sexual.

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