O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) condenou, nessa terça-feira (29/7), três homens envolvidos em uma tentativa de latrocínio ocorrida em um parque de Taguatinga, em 2020.
Na data do crime, o trio acompanhava um adolescente – também envolvido no caso, motivo pelo qual acumularam a acusação de corrupção de menor. As penas somadas chegam a 43 anos e 10 meses de prisão.
Segundo o processo, a tentativa de latrocínio aconteceu no Taguaparque. À época, um rapaz aguardava no local a chegada do irmão. Enquanto esperava, foi surpreendido por um dos acusados, que, acompanhado de um adolescente, subtraiu o celular do jovem. Outros dois envolvidos deram cobertura aos criminosos.
Ao chegar ao local e testemunhar o crime, o irmão da vítima correu em direção aos réus, na intenção de reaver o aparelho celular. Nesse momento, foi agredido com facadas “e não morreu por motivos alheios à vontade dos agentes”, conforme consta na ação.
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O processo detalha, ainda, que a vítima conseguiu tomar a faca de um dos acusados. Com a arma em mãos, passou a golpeá-los em legítima defesa.
O Ministério Público do DF (MPDFT) pediu a condenação dos réus pelo crime de latrocínio tentado. A defesa dos acusados, por outro lado, defendeu que não houve crime de latrocínio. Em seguida, solicitou a absolvição por insuficiência de provas, sob o argumento de que existiam dúvidas razoáveis sobre a autoria do crime.
Ao julgar os recursos, a segunda instância do TJDFT entendeu “que a materialidade e autoria do crime estão comprovadas de forma satisfatória”, “especialmente em razão dos relatos das testemunhados que foram confirmados pelo depoimento dos policiais”.
O colegiado concluiu que, apesar de os réus atribuírem a responsabilidade do crime ao menor de idade, os depoimentos são “coesos, harmônicos e aptos a embasar suas condenações”. A decisão foi unânime.