A morte do jovem Kauan Victor da Silva, 22 anos, no último sábado (13/12), na Guerra da Ucrânia elevou o número de brasileiros mortos no conflito no Leste Europeu. Kauan morava em Anápolis (GO), onde trabalhava como sushiman, mas se voluntariou para enfrentar as tropas Russas na Ucrânia em agosto deste ano.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou em nota ao Metrópoles que tem a confirmação da morte de 16 brasileiros na Guerra da Ucrânia. Outros 40 nacionais estão desaparecidos após se voluntariarem para atuar no conflito.
“Note-se que a prestação de assistência consular em situações que envolvem nacionais engajados em forças armadas de terceiros países apresenta especificidades, inerentes às obrigações contraídas no ato de alistamento e às circunstâncias no terreno de operações”, informou o Itamaraty em nota.
O dado do número de mortes, no entanto, já havia sido divulgado em outubro. Depois disso, foram registradas, ao menos, as mortes de Daniel Lucas de Campos, de 32 anos, e Kauan Victor da Silva.
Kauan Victor da Silva
Kauan Victor chegou à Ucrânia em agosto de 2025 e se juntou a uma unidade composta por estrangeiros para apoiar as forças ucranianas. Segundo informações de jornais internacionais, o goiano participou de um confronto inicial e, posteriormente, retornou à área para tentar recuperar os corpos de outros voluntários mortos. Durante essa missão, ele teria sido atingido e morreu.
A informação da morte foi divulgada nesse sábado (13/12) por meio de publicações nas redes sociais.
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Kauan Victor da Silva trabalhava como sushiman em um restaurante de comida oriental e se voluntariou para atuar no conflito entre Ucrânia e Rússia.
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O jovem havia chegado à Ucrânia em agosto de 2025, onde se juntou a uma unidade composta por estrangeiros para apoiar as forças ucranianas
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A data exata da morte não foi divulgada oficialmente
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A morte do jovem comoção na cidade onde ele morava. Amigos se manifestaram nas redes sociais, assim como o restaurante onde Kauan trabalhava. “Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família, amigos e todos que tiveram o privilégio de conviver com ele, deixando nossos mais sinceros sentimentos”, diz a publicação.
Em conversa com amigos antes de morrer, Kauan havia revelado que tinha sonho de atuar no Exército e que “cumpriria sua missão”.
O governo de Goiás afirmou em nota, por meio do Gabinete de Assuntos Internacionais, que não foi procurado pela família para auxiliar no traslado do corpo de Kauan.
A Guerra na Ucrânia começou em 2022 e, segundo a ONU, mais de 14.300 civis morreram e 37.500 ficaram feridos, incluindo 3.000 crianças.
