Os brasilienses têm conseguido resolver pendências que envolveriam a Justiça indo apenas em cartórios. Nos últimos dois anos, foram 69.731 ações extrajudiciais realizadas no Distrito Federal.
A principal delas foi em casos de compra e venda de imóveis, com 48.267 casos feitos em cartórios, sem precisar tramitar no tribunal regional. O DF ainda contou com ações de divórcio, união estável, testamento entre outras.
Veja os dados do DF:
O vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), Ari Pires, explicou que o principal fator de crescimento dessa demanda nos cartórios é a morosidade da justiça.
“O que se distribui de processo mensalmente é mais do que se finaliza, o que gera um acúmulo de processo”, explicou. “Divórcio, mudança de nome, união estável, retificação de área rural, tudo isso há uns 10 anos só se resolvia no âmbito judicial. Hoje há uma facilidade.
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Segundo a associação, cartórios têm conquistado espaço para os advogados que buscam soluções mais rápidas e baratas. “Um inventário realizado em Cartório, com partilha consensual e acompanhamento jurídico, costuma ser finalizado em apenas 15 dias úteis, representando uma economia de tempo e custos significativa frente à via judicial, que tem prazo médio de 4 anos”, exemplificou a Anoreg em nota.
Só é possível realizar o procedimento em cartórios quando há acordo total – ou seja, sem qualquer litígio.