Vísceras podres: Seagri apreende 865kg de carne em açougue clandestino

A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) apreendeu 865 kg de carne e vísceras processadas ilegalmente em um açougue clandestino do Distrito Federal, na tarde dessa quinta-feira (10/7).

A ação foi motivada por uma denúncia anônima feita aos canais oficiais da Ouvidoria do GDF.

Durante a fiscalização, os agentes constataram que o local funcionava sem autorização sanitária, em condições precárias de higiene, sem refrigeração adequada e sem qualquer controle de qualidade.

Além disso, o estabelecimento produzia carne moída e hambúrgueres misturados a vísceras que estavam estragadas — prática proibida por lei, justamente por representar um alto risco de contaminação.

Todo o material encontrado foi considerado impróprio para o consumo humano e será destruído para garantir a segurança alimentar da população. O responsável pelo estabelecimento foi multado e recebeu um auto de infração.

A subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Kalkmann, alertou para os perigos do consumo de produtos sem inspeção.

“Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que, todos os anos, cerca de 600 milhões de pessoas no mundo adoecem e 420 mil morrem por causa de alimentos contaminados”, disse.

“Por isso, é fundamental escolher produtos com selo de inspeção oficial, que garante um rigoroso controle de qualidade”, explicou.

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O que são vísceras?

As vísceras são os órgãos internos dos animais, como fígado, coração, rins e pulmões. Embora algumas delas sejam consumidas como alimento, elas exigem cuidados especiais na manipulação e no preparo, pois são mais sensíveis e estragam com mais facilidade do que a carne comum.

Quando manipuladas sem higiene ou misturadas de forma clandestina a outros produtos, aumentam muito as chances de transmitir doenças.

A Seagri-DF reforça que a colaboração da população é fundamental no combate à produção clandestina. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones (61) 3349-6803 e 3272-3650 ou pelo site da Ouvidoria do GDF.

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