Durante as investigações que desencadearam a megaoperação Irmãos, deflagrada nesta terça-feira (8/7), policiais civis da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) descobriram que os chefes de um esquema elaborado de tráfico de drogas mantinham um perfil discreto.
Os criminosos, que faziam parte da mesma família, usavam carros populares e moravam em casas simples, apesar de movimentarem milhões de reais em contas próprias e de laranjas.
No período da investigação, cinco pessoas foram presas em flagrante e mais de R$ 4 milhões em drogas foram apreendidos.
Entenda o caso
- No total, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpre 52 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão durante a Operação Irmãos, na manhã desta terça-feira (8/7).
- A investigação durou cerca de 18 meses.
- A ação conta com o apoio da 3° Promotoria de Entorpecentes, da Polícia Civil de Goiás e Rondônia.
- O objetivo é desmantelar uma organização criminosa que atua no fornecimento, transporte e difusão de drogas no Distrito Federal.
- Entre as drogas comercializadas, estavam cocaína, skunk e haxixe.
- Antes, a rota vinha, principalmente, dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Agora, o foco se deslocou para Rondônia e Acre.
- A polícia conseguiu mapear uma rede complexa de abastecimento de drogas, que começava com grandes fornecedores em Rondônia.
- De lá, a droga era enviada para Goiânia em cargas e até por “mulas” — pessoas que transportam entorpecentes no corpo ou em malas.
- Em Goiânia, a droga era armazenada e, depois, levada para o Distrito Federal em lotes menores, geralmente escondidos em carros comuns, equipados com compartimentos secretos.
- No DF, o material era distribuído para traficantes que atuam no varejo.
Imagens:
2 imagens
Fechar modal.
1 de 2
Operação Irmãos mira megaesquema de drogas que abastecia o DF
Reprodução / PCDF
2 de 2
Dinheiro apreendido
Reprodução / PCDF
Leia também
Preferência por skunk
Outra mudança observada foi a consolidação da preferência do skunk, em detrimento da maconha convencional.
Segundo a PCDF, tal mudança se deve a vários fatores, sendo o principal a dificuldade logística da maconha comercial, que é muito volumosa e de menor lucratividade.