Após se tornar ré, professora da UnB tenta explicar frase racista

A professora de nutrição da Universidade de Brasília (UnB) que se tornou ré por racismo e injúria racial disse, em sua defesa, que a frase alvo da ação não constitui racismo. O caso ocorreu em 22 de maio no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Na ocasião, um aluno de medicina denunciou que a professora teria proferido afirmações racistas e apontado para um outro estudante e dito que ele se mostrava “um bom aluno, apesar de ser preto”. O aluno estava no ambulatório atendendo um paciente. Em certo momento, a professora entrou no local e perguntou para a mãe do doente o que ela estava achando do atendimento do rapaz.

Na denúncia, a vítima alega que a professora afirmou que “não conseguia imaginar como a mãe do paciente se sentia sendo atendida por um estudante preto”.

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O caso chegou à 5ª Vara Criminal de Brasília. A defesa da professora afirmou que a fala da docente “não constitui, em sua essência, incitação pública à discriminação”.

“O diálogo se deu em ambiente fechado, sem caráter de difusão, propaganda, publicação ou incitação coletiva. Não houve estímulo à prática de atos discriminatórios por parte de terceiros ou da coletividade”, completou a defesa.

Em relação ao crime de injúria, os advogados afirmaram que irão se manifestar apenas nas alegações finais.

O juiz responsável pelo caso marcou para o dia 13 de outubro de 2025, às 16h, a realização da audiência de instrução do caso. Nessa etapa, são produzidas provas orais e o juiz pode questionar as partes, sejam envolvidos, testemunhas, péritos, entre outros.

 

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