Braskem enfrenta ’queda livre’ na corrida global após crise da ex-Odebrecht

O cenário ainda ficou mais complicado com o surgimento de novos players globais, como o Borouge Group International

Foto: Shutterstock

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Braskem (BRKM5), maior empresa petroquímica do Brasil, atravessa uma crise com a qual lida há mais de dez anos. O principal fator dessa turbulência remonta a sua controladora, a Novonor, antes conhecida como Odebrecht.

Desde a recuperação judicial da antiga Odebrecht em 2019, a Braskem tem sido afetada pela instabilidade financeira de sua controladora, o que impede grandes investimentos e inibe o crescimento da empresa.

Essa situação tem impactado diretamente o valor de mercado da companhia. Desde seu auge em outubro de 2017, quando atingiu o maior valor histórico, a Braskem perdeu cerca de US$ 11 bilhões, aproximadamente R$ 61 bilhões.

Além disso, a companhia foi responsabilizada por um desastre ambiental em Maceió, um episódio que resultou em um custo de aproximadamente R$ 18 bilhões.

Isso, combinado com um ciclo de baixa no setor petroquímico global, no qual os preços dos produtos caíram drasticamente, contribuiu para a desaceleração do desempenho da Braskem.

A nova gigante petroquímica já nasce com um valor de mercado de US$ 60 bilhões, mais de sete vezes o tamanho da Braskem. E sua aquisição da Nova Chemicals, do Canadá, fortaleceu ainda mais sua posição no mercado, representando uma ameaça crescente à Braskem, que corre o risco de perder posições no ranking global de grandes petroquímicas.

A desistência da adnoc e os riscos de encolhimento

Em uma reviravolta inesperada, a Adnoc, uma das maiores petrolíferas do mundo, desistiu de adquirir a Braskem em maio de 2024, após uma análise aprofundada durante a due diligence.

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