“Caco de vidro”: saiba mais sobre diurético suspenso pela Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira (17/9) a suspensão da comercialização e do uso de um lote de furosemida injetável. A medida atinge o medicamento diurético fabricado pela empresa Hypofarma, que é amplamente usado em hospitais para tratar condições renais ou problemas cardíacos graves.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União após a confirmação da presença de material estranho. A substância foi descrita no documento como semelhante a caco de vidro, o que caracteriza como desvio de qualidade, além de representar um risco aos fabricantes.

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Alerta de qualidade

A Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul (SC) identificou o problema em 14 de julho de 2025. Um parecer de constatação foi emitido e, então, registros fotográficos acompanharam o documento oficial.

O desvio de qualidade levou à medida preventiva de recolhimento imediato. O lote afetado é o 24111911, que possui validade até novembro de 2026. A furosemida injetável 10 mg/ml é comercializada em caixas com 100 ampolas – cada uma contém 2 ml.

O diurético é usado amplamente em hospitais e clínicas. Ele trata edemas, insuficiência cardíaca e hipertensão. Outras condições que exigem eliminação de líquidos também se beneficiam.

Com a determinação da Anvisa, a Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda. é a responsável pelo recolhimento. Contudo, pacientes e profissionais de saúde com unidades do lote interditado devem interromper o uso imediatamente. É preciso entrar em contato com a farmácia ou distribuidora para realizar a devolução.

A recomendação da Anvisa é que hospitais e clínicas reforcem o controle interno. O objetivo é evitar a utilização do medicamento recolhido.

Outra suspensão

No mesmo documento, a Anvisa proibiu a fabricação, a venda, a propaganda e o uso de todos os medicamentos da empresa Verde Flora Produtos Naturais Ltda. A medida foi motivada pela constatação de produtos sem registro na agência, o que inclui cápsulas de cúrcuma e extratos de chá verde e centella asiática.

A Verde Flora Produtos Naturais já foi enquadrada em outras medidas de fiscalização da Anvisa em agosto. Uma operação conjunta identificou o funcionamento clandestino de uma fábrica de suplementos alimentares. Houve produção de fitoterápicos sem registro na agência. As condições sanitárias eram precárias, em um galpão sem a devida autorização.

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