Carcinoma de células escamosas “in situ”: entenda câncer de Bolsonaro

Após realizar exames para verificar lesões suspeitas no corpo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas “in situ”, um tipo de câncer de pele superficial. O boletim foi divulgado na tarde desta quarta-feira (17/9) pelo Hospital DF Star, em Brasília.

O câncer acontece na camada mais superficial da pele e dificilmente consegue penetrar o corpo e invadir o organismo. A condição raramente causa metástases, porém, em casos em estágios mais avançados e lesões extensas, o espalhamento para outros órgãos pode ser observado.

Leia também

Segundo a oncologista Gabrielle Scattolin, a lesão é considerada pré-maligna. “O carcinoma de células escamosas in situ precisa ser tratado com remoção cirúrgica, mas as chances de cura são de 100% se for completamente removido”, explica a profissional membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Quando as lesões são retiradas precocemente, o prognóstico é considerado bom. Dependendo da extensão da lesão, a condição pode causar sequelas estéticas.

Um diagnóstico médico rápido eleva as chances de recuperação do câncer de pele

Como reduzir o risco de câncer de pele?

Câncer de pele superficial

O Manual MSD, referência para literatura médica, explica que a lesão causada pelo carcinoma de células escamosas costuma ser vermelho-amarronzada, podendo surgir de forma individual ou múltipla. Os ferimentos se assemelham aos causados por dermatite ou psoríase.

Geralmente, a condição ocorre por causa da exposição contínua à radiação ultravioleta (UV) do sol ou a câmaras de bronzeamento. A incidência da lesão é maior em pessoas de pele clara.

“Indivíduos de pele clara têm menor quantidade de melanina, o pigmento que ajuda a proteger contra os efeitos da radiação UV. Por isso, apresentam maior vulnerabilidade ao dano solar”, esclarece o médico oncologista Márcio Almeida, que atende em Brasília.

Bolsonaro ainda está com os pontos do procedimento cirúrgico e deve retornar ao hospital em duas semanas para retirá-los. Segundo o boletim médico, ele será acompanhado por médicos e reavaliado periodicamente.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Sair da versão mobile