O cantor Hungria foi internado nesta quinta (2/10) em Brasília com suspeita de intoxicação por metanol. O caso faz parte de uma série de hospitalizações ligadas ao consumo de bebidas adulteradas que começou em São Paulo e se espalha pelo país.
A intoxicação por metanol é grave e pode causar cegueira permanente e até o óbito do paciente. Apesar de não ser possível identificar a presença da substância na bebida com facilidade, é essencial estar atento aos sintomas para procurar atendimento médico rapidamente.
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Sinais e sintomas da intoxicação por metanol
- Iniciais (até 6h após ingestão): dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa;
- Entre 6h e 24h: visão turva, fotofobia, visão embaçada, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, coma, acidose metabólica grave.
- Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.
Caso os sintomas sejam identificados, deve-se procurar atendimento médico imediato para a realização de exames laboratoriais e oftalmológicos — o metanol age no nervo óptico e pode destruí-lo, causando cegueira.
O tratamento envolve, curiosamente, o uso de etanol. O álcool compete com o metanol por uma proteína e acaba diminuindo a metabolização do veneno. Outra opção é o uso de um antídoto chamado fomepizol. Na maioria dos casos no Brasil, por falta de opções de tratamento, é feita hemodiálise.
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