Choperia do DF faz “gato” de luz e deixa de pagar conta de R$ 112 mil

Uma choperia famosa localizada em Ceilândia foi alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O estabelecimento havia feito um “gato” e deixou de pagar R$ 112 mil à Neoenergia. A ação, desencadeada pela 15ª Delegacia de Polícia, nesta quarta-feira (6/8), resultou na prisão em flagrante de um homem de 33 anos, gerente da choperia.

A ação teve início após denúncias da concessionária de energia, que constatou irregularidades no consumo elétrico do estabelecimento. Em dezembro de 2024, durante fiscalização de rotina, foi detectada a adulteração do medidor de energia, que apresentava valores muito abaixo da média real de consumo — cerca de R$ 3 mil, quando o valor estimado girava em torno de R$ 15 mil.

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Após a substituição do medidor, o proprietário, de 59 anos, solicitou o desligamento da unidade consumidora, o que normalmente ocorre em casos de mudança de local ou encerramento das atividades.

Gato persistente

Na segunda-feira (5/8), nova vistoria apontou que, mesmo com o desligamento formal, a choperia continuava utilizando energia elétrica sem qualquer vínculo regular, o que impossibilitava a cobrança do consumo.

Após contato com o proprietário, foi acordado que ele apresentaria documentos para regularização no dia seguinte, o que não ocorreu. Diante disso, a Neoenergia, na presença do gerente do estabelecimento comercial, realizou o corte físico da energia e a retirada do medidor

Apenas uma hora após o corte, os técnicos constataram que o restaurante havia voltado a funcionar normalmente. Diante da constatação, uma operação conjunta com a equipe policial da 15ª DP foi organizada para o dia seguinte.

Na manhã desta quarta-feira, policiais civis e técnicos da concessionária compareceram ao local e identificaram uma ligação irregular (gato) diretamente entre a rede elétrica e o ramal de entrada do imóvel.

Durante a ação, o proprietário do restaurante, não estava no local, mas o gerente acompanhou a inspeção e admitiu que a ligação clandestina fora determinada pelo proprietário, no dia anterior. O gerente foi preso em flagrante pelo crime de furto de energia qualificado e conduzido à delegacia para a adoção das medidas legais cabíveis.

O proprietário não foi localizado, mas foi formalmente indiciado e irá responder pelo mesmo crime. O prejuízo estimado à empresa é de aproximadamente R$ 112 mil, considerando o consumo não faturado ao longo de oito meses.

Mais gatos

Consta contra o proprietário do estabelecimento outra investigação de furto de energia relacionada a um restaurante situado em Vicente Pires, investigação esta a cargo da 38ª DP.

Após a formalização dos procedimentos legais, o gerente foi encaminhado à carceragem da Polícia Civil, onde permanecerá à disposição da Justiça. A pena prevista pelo crime de furto qualificado de energia é de 2 a 8 anos de prisão e multa.

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